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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1998</strong><br />

REDE URBANA BRASILEIRA<br />

de fluxos existentes para cada cidade,<br />

definindo assim os diferentes níveis de<br />

centralidade encontrados, ou seja, quanto<br />

maior a intensidade dos fluxos ou da<br />

demanda, maior a centralidade.<br />

Desta forma, inicialmente, as cidades<br />

brasileiras foram classificadas levando-se<br />

em conta a intensidade total da procura<br />

por bens e serviços para cada centro<br />

urbano, para, a partir daí, serem trabalhados<br />

dois tipos de centralidade, em nível de<br />

Brasil, onde é verificada a situação de<br />

cada centro em relação ao conjunto de<br />

cidades, e, em nível de sua área de<br />

atuação específica, no sentido de melhor<br />

captar as diferenciações existentes,<br />

relativizando desta forma a situação de<br />

cidades que têm um papel mais<br />

importante no contexto regional e local e<br />

que acabavam sendo subestimadas pela<br />

força e disparidade da intensidade dos<br />

fluxos dos grandes centros nacionais. Neste<br />

sentido, foram definidos dez níveis de<br />

centralidade considerando a situação no<br />

Brasil e oito níveis na sua área de atuação,<br />

sendo registradas no cartograma apenas<br />

199 cidades que apresentaram<br />

centralidade de média a máxima no Brasil,<br />

registrando-se também o comportamento<br />

destas em sua área de atuação.<br />

Assim, na Região Norte aparecem 11<br />

centros que correspondem a 5,5% do total<br />

de cidades, destacando-se Belém (PA) e<br />

Manaus (AM) com centralidade muito forte<br />

no Brasil e com diferenciações em suas<br />

respectivas áreas de atuação, ou seja,<br />

máxima para a primeira e muito forte para<br />

a segunda, e a cidade de Araguaína (TO)<br />

com situação um pouco menor no<br />

contexto do Brasil (média para forte) e<br />

igual à de Manaus (muito forte) na sua<br />

área de atuação.<br />

Na Região Nordeste há 55 centros<br />

(27,6%) com destaque para Recife (PE),<br />

Fortaleza (CE) e Salvador (BA), classificados<br />

como máxima para ambos os níveis, e o<br />

surgimento de centros intermediários com<br />

níveis de centralidade compreendidos<br />

entre forte e muito forte para o Brasil e para<br />

sua área de atuação, como Teresina (PI),<br />

São Luís (MA), Feira de Santana, Itabuna e<br />

Vitória da Conquista (BA), Juazeiro do<br />

Norte (CE), Natal (RN), Campina Grande e<br />

João Pessoa (PB), Caruaru (PE), Maceió (AL)<br />

e Aracaju (SE).<br />

Na Região Sudeste, com 77 centros<br />

(38,7%), destacam-se São Paulo (SP), Belo<br />

Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ) com<br />

patamares máximos diferenciados para o<br />

Brasil e iguais em suas respectivas áreas de<br />

atuação, além das cidades de Governador<br />

Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros e<br />

Uberlândia (MG), Vitória (ES) e Bauru,<br />

Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto,<br />

São José do Rio Preto e Sorocaba (SP), com<br />

centros intermediários compreendidos<br />

entre forte e muito forte em ambos os níveis<br />

de centralidade para o Brasil e para sua<br />

área de atuação.<br />

Na Região Sul, aparecem 47 centros<br />

(23,6%), sendo que Curitiba (PR) e Porto<br />

Alegre (RS) possuem níveis máximos<br />

diferenciados para o Brasil e igual em suas<br />

áreas de atuação, além das cidades de<br />

Cascavel, Maringá, Londrina e Ponta<br />

Grossa (PR), Blumenau, Chapecó e<br />

Florianópolis (SC), Caxias do Sul, Passo<br />

Fundo, Pelotas e Santa Maria (RS), com<br />

centralidade variando entre forte e muito<br />

forte para o Brasil e para suas respectivas<br />

áreas de atuação.<br />

Na Região Centro-Oeste existem nove<br />

centros (4,5%), onde Goiânia (GO)<br />

apresenta um padrão máximo, enquanto<br />

Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e Brasília<br />

(DF) são classificadas com níveis de<br />

centralidade de forte a muito forte no Brasil<br />

e em suas áreas de atuação.<br />

Por último, são apresentados os<br />

cartogramas relativos às Áreas de Atuação<br />

de Principais Cidades Brasileiras, a saber:<br />

Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador,<br />

Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo,<br />

Curitiba, Porto Alegre, Goiânia e Brasília, no<br />

sentido de evidenciar um pouco da<br />

complexidade presente na rede de<br />

cidades e suas áreas, onde as<br />

superposições e compartilhamentos se<br />

tornam cada vez mais freqüentes,<br />

mostrando a existência de espaços cujos<br />

fluxos convergem predominantemente<br />

para algumas destas grandes cidades, não<br />

excluindo relações menos intensas com os<br />

outros centros, demonstrando assim a<br />

fluidez existente no território, bem como o<br />

padrão de ligações que hoje tende a ser,<br />

cada vez mais, o de subordinações não<br />

exclusivas, escalonadas pela intensidade<br />

e natureza das ligações e também conforme<br />

o tipo de rede considerado, se mais<br />

moderna ou convencional.<br />

Assim, no que tange à Rede de Lugares<br />

Centrais, verifica-se o reforço do papel da<br />

cidade de São Paulo como o grande<br />

centro de atuação em escala nacional; a<br />

perda de espaço do Rio de Janeiro como<br />

centro nacional e mesmo regional, uma<br />

vez que Belo Horizonte amplia,<br />

sensivelmente, sua área e hegemonia em<br />

espaços antes compartilhados com o<br />

centro carioca; as cidades de Fortaleza,<br />

Recife, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e<br />

Goiânia têm reforçada sua atuação na<br />

região em que se localizam, destacandose,<br />

principalmente, o crescimento da área<br />

desta última cidade, que passa a<br />

influenciar, também, áreas anteriormente<br />

mais relacionadas a Manaus e Belém. No<br />

caso de Brasília, verifica-se uma<br />

complementaridade de funções e de<br />

áreas de atuação com Goiânia.

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