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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1998</strong><br />

GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS<br />

Amazonas, ponto culminante do território<br />

brasileiro. Marcam presenças rochas<br />

alcalinas de idade cretácea (65 M.a.)<br />

associadas à reativação de antigas falhas,<br />

também responsáveis pelo<br />

desenvolvimento da bacia do Tacutu. Esta<br />

Subprovíncia abriga o principal depósito<br />

de Nb do Brasil, localizado no morro dos<br />

Seis Lagos, a noroeste do Estado do<br />

Amazonas, associado a rochas alcalinas.<br />

A Província Estrutural Paraná abriga a<br />

Bacia Sedimentar homônima, notável<br />

entidade geotectônica, que ocupou<br />

vasta extensão do grande “Continente<br />

Gondwana”. De natureza intracratônica,<br />

desenvolveu-se completamente sobre<br />

crosta continental, acolhendo um acervo<br />

litológico espesso de cerca de 8 000m,<br />

cujas rochas sedimentares e vulcânicas<br />

distribuem-se por terras do Brasil,<br />

Paraguai, Uruguai e Argentina. A maior<br />

parte de sua evolução estratigráficaestrutural<br />

foi grandemente controlada por<br />

trends herdados do embasamento. O<br />

imenso vulcanismo - representado pelo<br />

derrame de lavas basalto-riolíticas<br />

pertencentes à Formação Serra Geral - ,<br />

típico de ambiente distensional, marcou<br />

presença entre o Neojurássico e o<br />

Ne<strong>ocr</strong>etáceo. Em relação à sua área, a<br />

Bacia do Paraná mostra-se pouco atrativa<br />

em recursos minerais, apesar de em seu<br />

seio encontrarem-se os maiores depósitos<br />

de carvão do País, além da jazida de<br />

urânio de Figueira (SC), embutidos na<br />

Formação Rio Bonito, de idade Permiana.<br />

Quanto ao carvão, após beneficiamento,<br />

são produzidos os tipos energético e<br />

metalúrgico. O primeiro, utilizado na<br />

geração de energia, contém teores de<br />

cinzas compreendidos entre 25% e 57%,<br />

enquanto o metalúrgico é utilizado para<br />

fundição e redução de minérios,<br />

requerendo contudo baixos teores de<br />

cinza, isto é, valores inferiores a 18,5%<br />

devendo ainda ser misturado com carvão<br />

importado - com menos de 7,5% de cinza<br />

- na proporção de 20% a 30%. A jazida de<br />

Figueira, situada no Município de<br />

Sapopema (PR), mostra formato alongado<br />

N-S, alojando em uma superfície de 3 km 2 ,<br />

depósitos de urânio, sob a forma de<br />

uraninita, cuja maior parcela está contida<br />

em arenitos.<br />

A Província Estrutural Amazonas -<br />

Solimões, imensa área sedimentar<br />

disposta com direção geral OSO-ENE ao<br />

longo de terras dos Estados do Pará,<br />

Amazonas e Acre, compõe-se de três<br />

bacias - Acre, Solimões e Amazonas -<br />

compartimentada por altos do<br />

embasamento conhecidos como: Arco de<br />

Iquitos, Arco de Purus e Arco de Gurupá. O<br />

primeiro separa a Bacia do Acre da do<br />

Solimões, o segundo separa a Bacia do<br />

Solimões da do Amazonas, enquanto o<br />

último é o responsável pela separação da<br />

Bacia do Amazonas, da Foz do Amazonas.<br />

Estruturadas a partir do alvorecer do<br />

Paleozóico assistiram no final do<br />

Mesozóico à deposição já em ambiente<br />

continental fluvial de uma extensa<br />

seqüência sedimentar, conseqüência das<br />

manifestações finais do evento extensional<br />

denominado Sul-Atlantiano (Schobbenhaus,<br />

Campos, 1984), episódio de implantação<br />

de um rift intracontinental, resultado de um<br />

processo de estiramento litosférico, que<br />

ocorreu provavelmente no E<strong>ocr</strong>etáceo.<br />

Sobre tais rochas estabeleceu-se um perfil<br />

laterítico, bauxítico-fosfático,<br />

provavelmente no Oligoceno, responsável<br />

pela formação dos volumosos depósitos<br />

bauxitíferos da Amazônia, destacando-se<br />

aqueles da região do Rio Trombetas (PA).<br />

Como resultado de esforços compressivos<br />

horizontais de grande magnitude, originouse<br />

possivelmente no Neojurássico, o<br />

Megacisalhamento do Solimões, que se<br />

extende por cerca de 850 Km. Tais<br />

esforços compressivos produziram um<br />

sistema dextrógiro de falhas transcorrentes<br />

“en échelon” ao longo de toda a Bacia do<br />

Solimões (Caputo, Silva, 1990).<br />

A Província Parnaíba é representada<br />

pela Bacia Sedimentar do Parnaíba, a<br />

Faixa de Dobramentos Gurupi e o Cráton<br />

de São Luiz. O Cráton de São Luiz, de<br />

provável idade Arqueana, que foi<br />

submetido a grandes modificações pela<br />

atuação do Ciclo Orogenético<br />

Transamazônico, mostra-se bordejado a<br />

sudeste, pela Faixa de Dobramentos<br />

Gurupi direcionada segundo NO-SE. Nesta<br />

estão presentes seqüências<br />

vulcanossedimentares, em cujo acervo<br />

litológico ocorrem xistos ricos em veios de<br />

quartzo, mineralizados em Au.<br />

A Bacia do Parnaíba, de natureza<br />

intercratônica, desenvolvida<br />

essencialmente sobre crosta continental, e<br />

decorrente da atuação de um eixo<br />

extensional NO-SE, mostra-se preenchida<br />

por um pacote de rochas sedimentares e<br />

vulcânicas básicas, incluindo também<br />

termos plutônicos que podem alcançar<br />

cerca de 3 000 m de espessura. Extensa de<br />

mais de 600 000 km 2 , dispõe-se em<br />

território brasileiro ao longo de quase todo<br />

o Estado do Piauí, grande parte do Estado<br />

do Maranhão, além de porções variáveis<br />

dos Estados do Pará, Tocantins, Bahia e<br />

Ceará. Seu prolongamento no continente<br />

africano é representado pelas bacias<br />

Sekondi e Takoradi (Cunha, 1986, apud<br />

Lima, 1995). Seu aspecto evolutivo foi<br />

grandemente influenciado por importantes<br />

lineamentos do embasamento,<br />

denominados: Tocantins-Araguaia, situado<br />

a ocidente; Remanso, no quadrante sulsudeste;<br />

Paraíba, Pernambuco, Sobral-<br />

Pedro II e Senador Pompeu a leste; e do<br />

Gurupi, a norte. Seu balizamento tectônico<br />

com as bacias de Barreirinhas e São Luiz,

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