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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1998</strong><br />

VEGETAÇÃO E RECURSOS FLORÍSTICOS<br />

gramíneas anuais e oxalidáceas (terófitas);<br />

além de leguminosas e compostas<br />

(caméfitas). As fanerófitas são<br />

representadas por espécies espinhosas e<br />

deciduais dos gêneros Acacia, Prosopis,<br />

Acanthosyris e outros. Nas áreas do Planalto<br />

Meridional (Campos Gerais) a Araucaria<br />

angustifolia, de origem australásica, mas de<br />

distribuição afro-brasileira, ocorre nas<br />

florestas-de-galeria, imprimindo caráter<br />

diferencial com a Campanha Gaúcha, pois<br />

a florística campestre da Estepe do Rio<br />

Grande do Sul e a das áreas situadas no<br />

Planalto Meridional são muito semelhantes<br />

e atualmente foram igualadas pelo fogo<br />

anual e pelo intenso pastoreio.<br />

Região da Campinarana<br />

(Campinas do Rio Negro)<br />

É um tipo de vegetação restrito às áreas<br />

do alto rio Negro e adjacências dos seus<br />

afluentes, penetrando na Colômbia e na<br />

Venezuela, onde ocorre em áreas<br />

semelhantes. Reveste as áreas deprimidas,<br />

quase sempre encharcadas, sendo<br />

caracterizada por agrupamentos de uma<br />

vegetação arbórea fina e alta do tipo<br />

“riparia”, que é resultante da pobreza de<br />

nutrientes minerais do solo (oligotrofia). Na<br />

“Campinarana” brasileira ocorre o<br />

“domínio” monoespecífico da palmeirinha<br />

Barcella odora (piaçabarana), além de<br />

várias espécies dos gêneros Aldina,<br />

Henriquezia, Leopoldina e outros.<br />

Região da Floresta Ombrófila<br />

Densa (Floresta Tropical Pluvial)<br />

Ocorre sob um clima ombrófilo sem<br />

período biologicamente seco durante o<br />

ano e, excepcionalmente, com dois meses<br />

de umidade escassa. Assim mesmo,<br />

quando isso acontece, há uma grande<br />

umidade concentrada nos ambientes<br />

dissecados das serras. As temperaturas<br />

médias oscilam entre 22 o C e 25 o C. Esta<br />

Região Fitoecológica ocupa parte do<br />

espaço amazônico e estende-se pela costa<br />

atlântica, desde o sul de Natal, no Rio<br />

Grande do Norte, até o Espírito Santo, então<br />

em “bolsões” contidos entre o litoral e as<br />

serras pré-cambrianas marginais ao oceano,<br />

ampliando a sua área de ocorrência sobre<br />

as encostas das mesmas até Osório, no<br />

Rio Grande do Sul. Os solos são de baixa<br />

fertilidade, ora álicos, ora distróficos.<br />

É constituída por grandes árvores nos<br />

terraços aluviais e nos tabuleiros terciários e<br />

árvores de porte médio nas encostas<br />

marítimas. As duas áreas deste tipo de<br />

vegetação apresentam gêneros típicos<br />

que as caracterizam muito bem: na<br />

Amazônia, os gêneros Hevea, Bertholletia<br />

e Dinizia; na encosta atlântica, até o rio<br />

Doce, os gêneros Parkia, Manilkara e<br />

Attalea; daí até Osório, os gêneros<br />

Ocotea, Euterpe e Talauma. Neste tipo<br />

florestal é comum a presença de<br />

trepadeiras lenhosas, palmeiras e epífitas<br />

em abundância.<br />

Região da Floresta Ombrófila<br />

Aberta (Faciações da Floresta<br />

Ombrófila Densa)<br />

Este tipo de vegetação, situado entre a<br />

Amazônia e o espaço extra-amazônico, foi<br />

conhecido até recentemente como “área<br />

de transição”. A fisionomia florestal é<br />

composta de árvores mais espaçadas,<br />

com estrato arbustivo pouco denso e<br />

caracterizada ora pelas fanerófitas<br />

rosuladas, ora pelas lianas lenhosas. Esta<br />

Região Fitoecológica ocorre com quatro<br />

tipos florísticos que alteram a fisionomia<br />

ecológica da Floresta Ombrófila Densa,<br />

imprimindo-lhe claros, advindo daí o nome<br />

adotado: floresta-de-palmeiras (cocal),<br />

onde a Orbignya phalerata (babaçu) e a<br />

Maximiliana regia (inajá) são as Palmae<br />

mais importantes; a floresta-de-bambu<br />

(bambuzal), dominada pelos gêneros<br />

Bambusa e Chusquea; a floresta-de-cipó<br />

(cipoal), assim denominada em função da<br />

enorme quantidade de lianas que envolve<br />

as suas poucas e espaçadas árvores; e a<br />

floresta-de-sororoca (sororocal),<br />

caracterizada pelos agrupamentos da<br />

Musaceae Phenakospermum guyanense<br />

(sororoca).<br />

Região da Floresta Ombrófila<br />

Mista (Floresta de Araucária)<br />

Este tipo de vegetação, também<br />

conhecido como “mata-de-araucária” ou<br />

“pinheiral”, é exclusivo do Planalto<br />

Meridional Brasileiro, apresentando<br />

contudo disjunções (áreas isoladas) nas<br />

partes elevadas das Serras do Mar e da<br />

Mantiqueira. Na sua composição florística<br />

se destacam os gêneros Araucaria,<br />

Podocarpus, Drymis e Ocotea, entre outros.<br />

Região da Floresta Estacional<br />

Semidecidual (Floresta Tropical<br />

Subcaducifólia)<br />

Este tipo de vegetação está<br />

condicionado à dupla estacionalidade<br />

climática, uma tropical com época de<br />

intensas chuvas de verão, seguida por<br />

estiagem acentuada, e outra subtropical,<br />

sem período seco, mas com seca<br />

fisiológica provocada pelo intenso frio do<br />

inverno. Estes climas determinam uma<br />

estacionalidade foliar dos elementos<br />

arbóreos dominantes, os quais têm<br />

adaptação ora à deficiência hídrica, ora à<br />

queda da temperatura nos meses frios. A<br />

percentagem das árvores caducifólias, no<br />

conjunto florestal e não das espécies que<br />

perdem as folhas individualmente, situa-se<br />

entre 20% e 50% na época desfavorável.

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