Rolf Neubarth Dissertacao Defesa FINAL REVISADO
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referentes ao acordo da Basileia III, realizado em 17 de agosto de 1994, pelo Conselho<br />
Monetário Nacional, por meio do Banco Central do Brasil, pelo qual iniciou-se o<br />
desenvolvimento e a implementação de recomendações divulgadas por meio da Resolução<br />
CMN nº 2.099 aplicado ao mercado interno.<br />
Em setembro de 1998, a Resolução CMN nº 2.554 determinou que todas as instituições<br />
financeiras que operam no sistema financeiro brasileiro e demais instituições autorizadas pelo<br />
Banco Central deveriam implantar controles internos voltados para as atividades por elas<br />
desenvolvidas, alinhando sistemas de informações financeiras, operacionais e gerenciais. O<br />
documento requisitava, ainda, o cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis,<br />
tornando os controles internos mais eficientes e com o alinhamento ao Framework for<br />
International Control Systems in Banking Organizations (ICSBO), do Comitê da Basileia III<br />
(Basel III), implicando na melhoria da gestão de risco operacional.<br />
No entendimento de Pedote (2002), o risco operacional pode incorrer direta ou<br />
indiretamente em perdas inesperadas, devido às possíveis falhas ou ineficiência das pessoas,<br />
das plataformas tecnológicas, dos sistemas de informação, ou de controles internos de uma<br />
instituição. Resultantes de um impacto operacional, também existem perdas financeiras ou a<br />
não execução de operações de liquidação financeira, que podem levar a processos jurídicos,<br />
perda de reputação, perda de imagem, multas de reguladores, danos ao ambiente e até à quebra<br />
da instituição.<br />
O risco operacional, que pode ser entendido como o risco resultante de falhas,<br />
inadequações de processos internos, pessoas, sistemas ou eventos externos. Para Deloach<br />
(2001), o risco decorre de operações ineficientes e ineficazes para execução dos negócios da<br />
empresa, para a satisfação de seus clientes e em atendimento aos objetivos da empresa.<br />
Outro ponto de extrema relevância, no tocante à aplicação da governança corporativa, é<br />
o posicionamento estratégico das empresas quanto à manutenção da disponibilidade para<br />
obtenção de vantagem competitiva. De acordo com Porter (1984), ser competitivo no mercado<br />
também se faz por meio de uma organização estruturada de governança corporativa focada em<br />
manter os dados seguros, por meio de uma forte política de segurança da informação. Assim, a<br />
manutenção de sistemas de informação e plataformas com a disponibilidade e capacidade<br />
adequadas à operacionalização do negócio agrega competitividade e aumento de resiliência das<br />
operações como um recurso estratégico, que exige atenção dos mais altos níveis das empresas.<br />
Atualmente, para uma organização manter o desafio de continuar atuando com a sua<br />
visão de mercado, metas, garantir inovação em oferta de produtos aos seus clientes, obter novos<br />
negócios e garantir os compromissos junto ao sistema financeiro, investindo somente em