Rolf Neubarth Dissertacao Defesa FINAL REVISADO
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tecnologia robusta não é mais suficiente. É preciso garantir a continuidade de suas operações e<br />
mitigar riscos de interrupções que podem ser causadas por pandemias, greves, manifestações,<br />
problemas operacionais, erros de mudança e atualização de sistemas, problemas de desastres<br />
naturais, ataques cibernéticos, gargalos de operações e interrupções em plataformas de missão<br />
crítica.<br />
Para Guindani (2011), um mapeamento dos principais processos de uma empresa,<br />
associado a uma gestão de risco operacional, pode possibilitar a identificação dos principais<br />
processos críticos das instituições financeiras, que devem ser recuperados ou persistentemente<br />
revisados para que possibilitem o foco e a priorização dos seus investimentos.<br />
Na identificação dos principais processos da gestão de risco operacional, devem ser<br />
distinguidas as plataformas de missão crítica, os potenciais processos que podem vir a<br />
apresentar falhas técnicas ou operacionais com baixo nível de tolerância à falha, as pessoaschave<br />
para continuar as principais operações de liquidações financeiras, quais são as perdas<br />
financeiras estimadas para o negócio, os métodos alternativos de realização de operações e<br />
quem são os principais fornecedores na cadeia de fornecimento de serviços. Todos estes pontos<br />
permitem entender como mitigar possíveis perdas derivadas de impactos operacionais.<br />
O apontamento e a definição dos processos mencionados, em um plano de continuidade<br />
de negócios apoia a estruturação da execução de um plano de resposta a eventos de alto impacto,<br />
incluindo pontos específicos e documentados acerca da comunicação com o mercado, para<br />
stakeholders e reguladores, de forma organizada e provendo ferramentas para ações em<br />
momentos de crise, tornando a reação aos eventos mais estruturada e organizada (GUINDANI,<br />
2011; ALEVATE, 2014).<br />
A partir da publicação da resolução 3380 do Banco Central do Brasil, oficializada em<br />
junho de 2006, todas as instituições financeiras, por meio da área de gestão de risco operacional,<br />
tiveram que monitorar eventos de riscos operacionais, objetivando elaborar registros com as<br />
perdas obtidas por meio de falhas operacionais, além de desenvolverem mecanismos que<br />
atenuem impactos e riscos, elaborando métricas e relatórios para entendimento das ações<br />
corretivas e efetivas, a fim de se evitar a recorrência de eventos. Desta forma, as empresas da<br />
indústria financeira tiveram que melhorar sua governança corporativa para incorporar uma<br />
estrutura de gestão de risco operacional, adequando-se ao processo de adesão do Brasil ao Novo<br />
Acordo de Capitais da Basileia (COIMBRA; ALBUQUERQUE; POLO, 2012).<br />
Frente ao contexto discorrido, emana a justificativa para a pesquisa a ser apresentada<br />
neste trabalho.