Rolf Neubarth Dissertacao Defesa FINAL REVISADO
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA<br />
Neste capítulo, apresenta-se o referencial teórico com as principais obras e autores que<br />
foram investigados para os construtos nos quais este estudo foi baseado. A elaboração do<br />
referencial se baseia no objetivo proposto, materializando-se assim como uma ferramenta a ser<br />
utilizada na discussão dos dados a serem pesquisados neste material.<br />
2.1 A governança corporativa<br />
Daily, Dalton e Cannella (2003) definem a governança corporativa como o conjunto de<br />
determinações dos usos gerais a que os recursos organizacionais estão submetidos e da<br />
totalidade de resoluções de conflitos entre todos os participantes nas organizações.<br />
De acordo com a CVM (2002), a definição de governança corporativa compreende um<br />
conjunto de boas práticas para que o desenvolvimento de uma companhia seja garantido, com<br />
facilidades de acesso ao capital investido, além de proteção aos investidores e aos funcionários<br />
da companhia.<br />
2.1.1 Breve histórico da governança corporativa<br />
O movimento chamado governança corporativa (GC) iniciou-se na década de 1930,<br />
quando algumas empresas receberam o nome de “corporações modernas”. Esse termo<br />
distinguia as empresas que não tinham mais o seu dono à frente da gestão geral. Somente em<br />
1980, o movimento de governança corporativa ganhou mais força (RIBEIRO; MURITIBA;<br />
MURITIBA; DOMINGUES, 2012), devido à necessidade da criação de um mecanismo que<br />
equalizasse os conflitos de interesse gerados entre os investidores e os gestores das empresas<br />
(SILVEIRA, 2002).<br />
Tricker (2015) traz um breve histórico da governança corporativa. O primeiro código<br />
de GC foi idealizado no Reino Unido, em 1990, por meio do United Kindom’s Candbury<br />
Report, sendo que esse conjunto de normas que requeria:<br />
1) Uso mais amplo, nas empresas, de diretores executivos independentes dos gestores e<br />
livres de quaisquer negociações ou relacionamentos que pudessem interferir no exercício do<br />
julgamento independente.<br />
2) A introdução de um comitê de auditoria constituído de membros independentes e<br />
externos à empresa.