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Clareira Flamejante - O Norte do Paraná antes e depois do advento da energia elétrica

No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.

No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.

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Braga, que assegurou à Copel os recursos da Taxa de Eletrificação que não vinha

sendo liberada integralmente, como também parte do Fundo de Desenvolvimento

Econômico, administrado pela então Codepar. Nessa terceira fase, a Copel daria

início a um programa de emergência, visando a atenuar a crise energética, ao mesmo

tempo em que seriam desencadeados empreendimentos de maior vulto.

De acordo com as “Diretrizes Globais do Governo Ney Braga”, teria sido feita a

ligação de mais de 415 mil usuários de eletricidade localizados no meio rural e

periferias de cidades.

Nesse contexto favorável, entre 1962 a 1967 os irmãos Romagnole dedicaram-se

à fabricação de vários produtos, já contando com duas dezenas de empregados e

conseguindo agregar outros terrenos ao espaço físico da indústria. Em maio de

1967, com a emancipação de Álvaro, este tornava-se, oficialmente, sócio de

Vicente, o que ensejou mudança na denominação da pessoa jurídica para “Irmãos

Romagnole Ltda”.

Rosa, a esposa de Vicente, lembra que mesmo com a empresa em plena atividade

e gerando vários postos de trabalho, não havia dinheiro e as dificuldades eram

grandes, o que fazia o marido, preocupado, perder muitas noites de sono.

Alguns anos antes, como a Copel havia começado a investir na substituição dos

postes de madeira nas ruas das cidades, por similares de concreto, os irmãos, sempre

atentos, mobilizaram-se no sentido de desenvolver um produto que atendesse às

exigências da empresa, a qual precisaria adquirir grandes volumes. Foram feitos

moldes de madeira de postes de 12 metros, versão “duplo T”, caprichando-se na

qualidade do produto que, até então, era artesanal. Estes passaram a ser vendidos

inicialmente para cooperativas, áreas de loteamentos e para projetos de eletrificação

rural. Foram necessárias várias tentativas e consumido algum tempo até que, em

1965, a Copel se decidisse a experimentar os postes da Romagnole, os quais, ao final,

foram bem aceitos. Com isso, a empresa iniciaria um bem sucedido histórico como

fabricante de postes em larga escala e fornecedora para a companhia de energia

elétrica paranaense. A produção desse item ganharia tanta importância que, em

poucos anos, se tornaria o principal negócio da pequena fábrica, a qual não parava de

crescer e ampliar o quadro de funcionários.

Álvaro praticamente

cresceu dentro da

indústria

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