Clareira Flamejante - O Norte do Paraná antes e depois do advento da energia elétrica
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.
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trações políticas e as visitas das 'autoridades' atraíam comitivas sempre amistosas,
mas nem sempre pacientes: os indefectíveis memoriais com rosários de
reivindicações locais eram entremeados com queixas diretas - e sem muitos salamaleques
- de que o governo havia abandonado a região. Ouvia-se na fuça a impaciente
cobrança da população.
Estradas? É, havia algumas dignas dessa denominação. Ney Braga estava
completando a Rodovia do Café, ligando o Norte à capital e ao porto por asfalto e
serenando os ânimos separatistas dos adeptos da criação de um estado do
Paranapanema. A partir de Maringá, asfalto nem pensar e no Norte Pioneiro, fora do
eixo Londrina-Jacarezinho, idem. Escolas? A maior parte das cidades mal e mal tinha
o ensino primário e o ginasial e freqüentar o ensino médio representava para os filhos
das famílias das cidades pequenas embarcar em um microônibus e viajar dezenas de
quilômetros para assistir aulas em um município vizinho, mais afortunado.
Do já distante 1945, quando meu pai, o então capitão Castor, garbosamente
fardado e conduzindo a família, desembarcou do trem da Rede Viação Paraná-Santa
Catarina na minúscula Rio Negro até os dias de hoje, o Paraná se transformou sob
nossas vistas e insinuou-se em meu coração até ocupá-lo por inteiro.
(Trecho de “Máquina do tempo”, crônica de Belmiro Valverde Jobim Castor, professor universitário e
membro da Academia Paranaense de Letras, publicado no dia 11 de março de 2007 na Gazeta do Povo)
Na foto de
Akimitsu Yokoyama,
o governador Ney
Braga inaugurando
o Colégio de
Mandaguari, em
abril de 1965
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