Clareira Flamejante - O Norte do Paraná antes e depois do advento da energia elétrica
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.
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produzidos.
Nessa época, a empresa contava com uma equipe de vendedores percorrendo o
Paraná, os quais, após seus inúmeros contatos, retornavam para Mandaguari trazendo
não apenas blocos de pedidos, mas também sugestões de
novos produtos que haviam sido feitas pelos compradores.
.....
As coisas iam acontecendo rápido para Álvaro que, em
novembro de 1968, com pouco mais de 20 anos, casava-se
com Ana Maria Sophia, sobrinha de sua cunhada Rosa,
esposa de Vicente. Era também uma vizinha dos tempos de
chácara, que Álvaro conhecia desde quando ela nascera,
passando a infância juntos.
Os irmãos carregavam a responsabilidade de comandar
uma empresa que crescia de maneira acelerada, sempre
contratando novos funcionários e ampliando seu espaço
físico na Rua Rocha Pombo. Sem dizer que, um ano antes,
ambos decidiram prestar apoio ao irmão mais novo,
Francisco, que demonstrava interesse pelos estudos. Isto seria importante para ele e a
própria empresa em seu futuro.
Como a Romagnole havia se tornado fornecedora de razoável volume de postes
para a Copel, numa época em que o processo de eletrificação se desenvolvia em todas
as regiões do Estado, o trabalho era intenso e as oportunidades de novos negócios
apareciam a todo instante, o que levava, forçosamente, a uma expansão.
Mesmo sem uma formação acadêmica que pudesse oferecer-lhes um mínimo de
conhecimento teórico para avançar nessa área industrial e superar desafios cada vez
mais complexos, os irmãos, sempre ousados, mantinham-se atentos e receptivos à
incorporação de novos produtos. Portanto, após deixarem de produzir alguns itens
que demandavam grande esforço das equipes e não eram o foco da empresa, eles
começaram a voltar suas atenções para produtos que tivessem afinidade com a
eletrificação. Sim, pois percebendo a demanda que se manifestava através dos
contatos e das sugestões trazidas pelos vendedores, viram que o melhor a fazer,
naquele momento, seria ampliar o portfólio específico na área. Dessa forma, em
1969, os Romagnole começaram a produzir todo um conjunto de ferragens
galvanizadas para uso na instalação da rede elétrica. O desafio se repetia: primeiro
conseguiam peças que eram levadas ao funcionário Anastácio Quintanilha,
contratado especialmente para o desenvolvimento de metalurgia, a quem cabia gastar
“tutano” na busca de um jeito de fabricá-las, o que sempre acontecia. Para isso, o
criativo Quintanilha usava sucatas e até mesmo peças de caminhão, concebendo
matrizes que dariam origem a uma intensa linha de produção.
Álvaro e Ana Maria
casam-se em 1968
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