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Clareira Flamejante - O Norte do Paraná antes e depois do advento da energia elétrica

No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.

No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.

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comerciais, nos botecos, nas 'vendas' de secos e molhados, produzindo aquele

barulho irritante. Quem não se lembra? A manutenção de 'luz acesa' era feita através

de um 'técnico' encarregado de bombear o querosene, ou trocar a 'camisinha' dos

lampiões 'Aladim” e 'Petromax'. Interessante é que, de vez em quando, caboclos

curiosos, e às vezes bêbados, botavam tudo a perder de tão 'chumbados' que

estavam da velha 'pinga'. Às vezes, algumas lanternas até explodiam de tanto

querosene.”

A irritação com a falta de perspectivas em relação à energia elétrica

ganhava o reforço dos donos de máquinas beneficiadoras de café, demandadas

por grandes safras. Em Maringá, no começo dos anos 50, contava-se

pelo menos 50 máquinas de grande porte, que se espalhavam também por

outras cidades à volta, entre as quais Mandaguari. Elas compravam o café “em

coco” dos agricultores e limpavam o produto para ser entregue, em sua maior

parte, ao governo federal.

Para funcionar, as máquinas recorriam a motores estacionários movidos a óleo

diesel, que geravam a necessária energia. Como esses equipamentos não eram

fabricados no Brasil, precisavam ser trazidos da Europa ou comprados de segunda

mão. Contudo, a importação esbarrava na demora em função da grande procura e

essas engenhocas, na visão das lideranças, não passavam de paliativos ou “quebra

galhos”: o que se queria, na verdade, era energia elétrica de fornecimento estável

para mover motores, indústrias, comércio e oferecer conforto aos moradores, além

de iluminar as praças e vias públicas, a exemplo do que ocorria no vizinho Estado de

São Paulo. Até então, as cidades do Norte do Paraná - cantadas em verso e prosa

como exemplos de crescimento e progresso

- ficavam completamente às

escuras após às 22 horas, horário

em que as máquinas

eram desligadas.

Portanto, enquanto os

paulistas já tinham superado

essa etapa há décadas,

várias regiões do Paraná

ainda eram mantidas

na dependência de poucos e

arcaicos equipamentos de geração

de luz à base de diesel,

sem falar que velas, lamparinas

e lampiões continuavam sendo

artigos de primeira necessidade.

.....

Equipamentos rústicos

de geração de energia

elétrica, à base de

diesel, comum na

época em

estabelecimentos

comerciais

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