Clareira Flamejante - O Norte do Paraná antes e depois do advento da energia elétrica
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.
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Registros
O que ficou para a história...
PADRE EMÍLIO, O PRECURSOR
Registros do uso pioneiro de energia elétrica em Maringá são citados
rapidamente em algumas publicações. O livro “A Igreja que brotou da mata”,
escrito pelo Pe. Orivaldo Robles, relata, na página 115, que o padre alemão
Michael Emil Clement Scherer, dono de uma fazenda a partir de 1938 na região
onde seria formado o futuro município de Maringá, pode ter sido o precursor da
energia elétrica na localidade:
“Padre Scherer era homem de seu tempo e esforçava-se por acompanhar
avanços da ciência, beneficiando-se da tecnologia. Além da mini-estação
meteorológica, possuía telefone para comunicação dentro da propriedade,
moinho de trigo e, aproveitando a queda d'água do ribeirão, instalou uma turbina
para geração de energia elétrica.”
O Padre Emílio
instalou-se na
região em 1938.
Abaixo, Odwaldo
e Winifred, que
chegaram em 1947
ODWALDO E WINIFRED
Em seu “Quando o amor transpõe o oceano - uma história de coragem”,
Winifred Ethel Netto relembra a aventura de ter chegado com o marido Odwaldo
Bueno Netto e os filhos, após penosa viagem de caminhão desde Catanduva-SP,
àquela cidadezinha ainda praticamente sem casas, cujas ruas estavam só
demarcadas, cheias de buracos feitos pelos grandes troncos de árvores
arrancados. Era domingo, 14 de dezembro de 1947. Escreveu Winifred, nas
páginas 107 e 110:
“O que estava diante dos nossos olhos era nossa casa, com as paredes
levantadas e buracos no lugar das portas e janelas, mas com parte do telhado. Sem
portas, sem janelas, sem forro, sem banheiro, sem o telhado completo, sem reboco
nas paredes, sem cozinha! ... Ao olhar em volta, vimos que parecia uma cidade
fantasma, com a poeira levantando e dificultando ver as pessoas com quem
conversávamos, no que viria a ser uma rua... Mas quando a estação das águas
chegou e com ela a lama, nosso telhado já estava pronto, mas havia um pequeno
problema: Odwaldo quis fazer um telhado sofisticado, com várias ‘águas’, mesmo
não sendo engenheiro, nem tampouco ‘mestre de obras’. Em conseqüência disso
surgiram problemas de vedação e as goteiras se multiplicavam. Mas o Odwaldo
sempre foi assim, arrojado, criativo e sem medo de enfrentar desafios... um
exemplo disso é que tivemos luz elétrica desde o início, graças ao gerador,
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