Clareira Flamejante - O Norte do Paraná antes e depois do advento da energia elétrica
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
mantê-las bem lubrificadas.
Maurinho lembra que a cidade ainda estava cheia, naquela época, de postes de
madeira, alguns bem tortos. Eles eram vulneráveis a vendavais, além de muito altos,
porque o povo - principalmente a molecada - ainda não estava acostumado com
fiação elétrica. Volta e meia ouvia-se, por exemplo, que alguém tinha sido eletrocutado
enquanto empinava um papagaio. Quando isso ocorria, a cidade ficava
sem luz por algum tempo. Mas ficava sem luz, também, não por acidente, mas pela
arte dos moleques - sempre eles - que, à noite, costumavam atirar arames sobre a
fiação elétrica, só para ver as faíscas - que acabavam resultando em curto-circuitos.
Mário morreu no dia 5 de fevereiro de 1976. Depois que a cidade passou a contar
com energia elétrica estável, que aposentou os velhos motores a diesel, ele foi
transferido para uma outra função, assim como todos os seus companheiros. Era
inspetor de linha de alta tensão, viajando com Toyota ou caminhão por toda a região
Norte do Paraná. Nessas viagens, como ainda havia muita mata, o veículo sempre
acabava atropelando algum animal que, inadvertidamente, invadia a estrada. Sem
cerimônia, o bicho era colocado na carroceria e aproveitado em churrascadas.
Maurinho lembra que todos tinham muito orgulho de trabalhar na Copel. A
empresa se preocupava com a satisfação de seus funcionários e, todo final de ano,
além de uma cesta básica para as famílias, mandava brinquedos para as crianças.
Equipe que fazia
a inspeção e a
manutenção da rede
elétrica na região
de Maringá
79