Clareira Flamejante - O Norte do Paraná antes e depois do advento da energia elétrica
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Nas casas e no
comércio, as
lâmpadas eram
colocadas em bocais
pendurados ao teto
Durante anos, também, sempre com o apoio da mulher e alguns dos filhos, Aleixo
de Oliveira dedicou-se à função de representante dos serviços de correios em
Mandaguari, numa casa apegada a do agrimensor russo Vladimir Babikov,
funcionário da Companhia de Terras. Quando luz elétrica não havia, ele trabalhava
até tarde lançando mão de um fogareiro e algumas lamparinas para clarear o
ambiente onde separava as correspondências.
O advento da energia possibilitou que as famílias saíssem de casa à noite, para um
passeio em ruas iluminadas, tomar um sorvete ou então ir ao cinema - outra novidade
da qual antes só se ouvia falar. Da mesma forma, os comícios políticos, que só podiam
acontecer sob a claridade do sol, passaram para o horário noturno, bem mais
agradável.
A luz, ainda que precária, gerava empregos e um dos filhos de Aleixo encaixouse
na até então inexistente função de “guarda-fios”. Sua função era percorrer a
cidade observando algum possível dano na fiação elétrica e nos postes, principalmente
após temporais.
Os primeiros “guarda-fios”
de Mandaguari foram
Abdon Leão de Oliveira
(acima) e João Calijuri
71 51