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Clareira Flamejante - O Norte do Paraná antes e depois do advento da energia elétrica

No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.

No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.

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Em Maringá, a

energia elétrica

estável permitiu que

famílias, ainda nos

anos 60, tivessem

acesso a uma grande

novidade: a televisão.

Na outra página,

detalhe da construção

da subestação da

Copel, no jardim

Alvorada,

inaugurada em

1962

todo manual, a empresa enviou um contingente de aproximadamente 300 trabalhadores,

chefiados por um engenheiro de nome Ophir. O principal fornecedor

desses postes, até então, era a Cavan, sediada em São Paulo, que havia instalado uma

unidade em Apucarana, onde era representada por alguns engenheiros, entre eles

Carlos Amazonas de Almeida, o qual costumava estar, com freqüência, em

companhia de Antonio Eriberto Schwabe.

Não demoraria muito tempo, portanto, para que Maringá experimentasse o

conforto de usar energia elétrica “de verdade”, como se dizia, livrando-se dos barulhentos

motores a diesel. No final de 1962, o governador Ney Braga presidiria a solenidade

oficial de inauguração da subestação da Copel, situada no Jardim Alvorada.

Uma segunda subestação, situada na confluência das Avenidas Colombo e São

Paulo, viria pouco tempo depois. Com tudo isso, a cidade, a exemplo de toda a região,

deslanchou em seu desenvolvimento, pois não ficaria mais à mercê de um conjunto de

motores sucateados que, vez ou outra, apresentavam algum tipo de defeito.

A regional contaria, a partir de então, com uma estrutura adequada e os préstimos

de uma equipe chefiada por um dedicado eletricista

conhecido por Zé Coco. O engenheiro

Schwabe, que ocupava uma casa alugada na

Avenida Tiradentes, ao lado da residência do

comerciante de combustíveis Alfredo Moisés

Maluf, lembra que, aos poucos, a população foi se

esquecendo dos tempos difíceis e se simpatizando

com a Copel, cuja imagem se firmava positivamente

a cada dia.

Nem todo mundo, no entanto, apreciou a chegada

da luz. Após adentrarem à casa de Schwabe,

enquanto este encontrava-se em viagem com a

família, ladrões fizeram questão de deixar uma frase

escrita em cartaz: “No escuro se age melhor”.

Encontrar uma solução definitiva para o

abastecimento de energia elétrica em larga escala

seria o maior desafio para a Copel durante a década

de 1960. A história da empresa relata que a entrada

em operação em 1963 da Usina Termelétrica de

Figueira (20 MW), no Norte Pioneiro, foi de

fundamental importância para a implantação do

Plano Estadual de Eletrificação, viabilizando os

sistemas de interligação que beneficiaram as regiões

Norte e Central do Paraná.

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