Clareira Flamejante - O Norte do Paraná antes e depois do advento da energia elétrica
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.
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res rapidamente ganharam fama de boas cozinheiras e todos, ao contrário dos escravos
que absolutamente nada pretendiam da vida, senão servir seus senhores - ,
tinham objetivo e determinação. Na verdade, mais que fugir da miséria na Itália, eles
pretendiam “fazer a América”, conseguir o próprio pedaço de chão, plantar suas
lavouras e prosperar. No entanto, por mais que quisessem, isso não passava de um
sonho distante. Quando chegaram de seu país e foram trabalhar nos cafezais, os
italianos ganhavam tão pouco que sequer podiam fazer compras em armazéns,
mesmo a prazo. Quem vendesse, sabia que dificilmente conseguiria ver a cor do
dinheiro.
Dessa forma, sem muitas oportunidades, parte do contingente de imigrantes
italianos acabou envelhecendo em meio à pobreza nas fazendas, enquanto outros
desistiram da agricultura e partiram para as cidades em busca de outro tipo de vida.
Muitos também, regressaram para seu país.
No entanto, quando espalhou-se a notícia de que matas estavam sendo abertas no
Paraná, o alvoroço foi grande entre as famílias, que enxergavam aí, finalmente, a
oportunidade tão esperada. Como os imigrantes ainda vivos já estavam muito idosos
e sem condições de enfrentar o desafio de desbravar uma nova fronteira, a
empreitada recairia sobre os ombros dos filhos e netos.
Vapores cruzavam
os mares trazendo
mão-de-obra barata
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