Clareira Flamejante - O Norte do Paraná antes e depois do advento da energia elétrica
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.
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Trabalhando como nunca
No ano de 1965, em que Paulo Cruz Pimentel sucedeu a
Ney Braga no governo do Paraná, a sociedade brasileira ainda
tentava absorver o impacto da revolução militar de 31 de
março de 1964, que mudara os rumos do País.
O governador Paulo
Cruz Pimentel
Isso inquietou os donos da Romagnole, que precisavam realizar investimentos
contando com a fluidez dos pagamentos por parte do governo
estadual, que controlava a Copel. Como Pimentel havia feito um bom trabalho
como secretário da Agricultura na gestão de Ney Braga e sua principal proposta
era a continuidade dos programas de expansão econômica, a sinalização foi clara
para os irmãos. Sem hesitar, estes recorreram a recursos que estavam sendo
disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), por meio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul
(BRDE). A decisão foi acertada porque, de fato, a administração de Paulo Pimentel
deu seqüência à anterior, avançando com os programas desenvolvimentistas. O
governador estenderia para várias outras regiões do interior o serviço de luz e energia,
o que foi importante para a empresa de Mandaguari, que trabalhou como nunca, na
condição de fornecedora de postes. Ainda na área de energia, o governo de Paulo
Pimentel colocou em funcionamento diversas usinas elétricas, como Capivari-
Cachoeira e Júlio de Mesquita Filho, além da já mencionada Salto Grande do Iguaçu.
Sobre a inauguração dessas usinas, dois fatos, relatados pelo próprio Paulo Pimentel,
merecem ser contados.
- O presidente Emílio Garrastazu Médici vinha para a inauguração da hidrelétrica
de Capivari-Cachoeira no início de 1970 e Pimentel ficou apreensivo. Médici desceria
em Curitiba e, em companhia do governador, seguiria de carro até Antonina, onde fica
a usina. Era uma viagem de uma hora e meia. Acontece que o presidente só sabia falar
de futebol. Como Pimentel não gostava tanto desse esporte, ficou imaginando sobre o
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