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Clareira Flamejante - O Norte do Paraná antes e depois do advento da energia elétrica

No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.

No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.

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bem que chegaram a ser produzidas 30 mil garrafas de 600 mililitros (ml) por hora,

atendendo grande parte do Estado e até mesmo o Paraguai.

MALUF E AS MÁQUINAS

Alfredo Moisés Maluf

Sobre a início da energia elétrica em Maringá, o livro “O Sonho se Faz ACIM”,

editado em 2006 pela Associação Comercial e Industrial de Maringá, traz um

relato do pioneiro Emílio Germani, na página 55, envolvendo o empresário

Alfredo Maluf, que era dono de importante posto de combustíveis na cidade:

“Um dia dois caminhões carregados com geradores a diesel passavam por

Maringá e pararam no Posto Maluf. O empresário questionou os motoristas sobre

o destino da carga e ficou sabendo que elas iam para Paranavaí. Aí o Maluf

retrucou: 'negativo, eles vão ficar é aqui mesmo!'”

Segundo Germani, Maluf não deixou que os equipamentos saíssem de Maringá

e iniciou uma campanha para que os mesmos fossem instalados definitivamente

aqui. Foram feitas várias viagens até Curitiba para pressionar o governo do Estado,

até que houve a decisão de se instalar os geradores na cidade. Essa decisão foi o

ponto de partida para a futura instalação da Copel em Maringá.

TUDO NOS PÉS

As gráficas e tipografias também utilizavam equipamentos movimentados por

pedais, contando com a força dos pés dos trabalhadores, a exemplo do que ocorria

com as velhas máquinas de costura. O gráfico Reynaldo Costa lembra que como a

energia elétrica era escassa na cidade, não havia outro meio. Pouco tempo depois

de 1950, ano em que chegou com a família do interior de Minas Gerais, Reynaldo

foi trabalhar na Tipografia Maringá, de propriedade de João José de Oliveira. O

impressor ficava o tempo todo gerando “energia” através do movimento contínuo

dos pés sobre os pedais, conta. Só mais tarde, com o crescimento do negócio, é

que o proprietário decidiu adquirir um motor a diesel, para alívio dos funcionários.

FOGO NO POSTE

Na Avenida Paissandu dos primeiros tempos de Maringá, conta o pioneiro João

Mayo, postes de madeira foram instalados no meio da rua, bastante larga. Porém, a

energia era fraquinha e, à noite, as lâmpadas não iluminavam nada, sendo até

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