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Clareira Flamejante - O Norte do Paraná antes e depois do advento da energia elétrica

No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.

No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. Lançado em 2007.

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elétrica, de acordo com as exigências do Código de Águas e

Leis Subseqüentes.

Assim, no dia 23 de agosto, quando grande parte dos

cafezais paranaenses amanheceu destruída por uma forte geada,

o governador Adolpho de Oliveira Franco julgou ser oportuno

afirmar que o Estado precisava avançar imediatamente para uma

nova etapa, a industrialização. “O fim a que se entrega a Copel

não é outro senão o de fornecer elementos para essa nova etapa

histórica”, disse ele. “O problema que ela tem a resolver não se

restringe apenas a construir usinas. Consiste, também, no

lançamento de uma vasta rede básica de linhas de transmissão e

subestações, de modo a permitir o fornecimento de energia

gerado a todos os consumidores nos vários núcleos de

industrialização indicados no mapa do Paraná, pela geografia

econômica de nossas matérias-primas”, sustentou.

A primeira cidade a ser abastecida pela Copel foi Maringá.

Sua ligação deu-se no dia 1° de agosto de 1956. Na mesma data,

seriam ligadas também: Apucarana, Pirapó, Mandaguaçu,

Cambira e Campo Mourão. Até então, todos esses municípios

estavam sob a responsabilidade do Departamento de Águas e Energia Elétrica

(DAEE).

Nessa época, com 15 mil habitantes e 1.700 ligações, Maringá dispunha de uma

usina com quatro motores à diesel de 360 kVA cada, instalados pelo DAEE em 1952.

Além de insuficientes, pois a cidade vivia um período de rápido crescimento, dois

motores estavam com os mancais fundidos, o que impunha um racionamento de

eletricidade. A usina funcionava das 7 às 11h30 e das 18 às 22 horas. Em 1957, a

Copel adquiriu um motor de 525 kVA e, nos anos seguintes, outras unidades, até

que a usina tivesse uma potência de 5.000 kW.

Material histórico publicado em setembro de 1979 pela empresa, quando da

passagem de seus 25 anos, relata que o técnico especializado em montagem e

manutenção, Eugênio Rosa, conheceu bem os dramas vividos pela

representação regional da Companhia, em Maringá. “As passeatas de usuários

se repetiam toda vez que faltava eletricidade. Numa dessas manifestações de

desagrado, o próprio Eugênio Rosa foi envolvido e teve de seguir a multidão

furiosa até o escritório da empresa, ponto em que se concentrava a ira dos

manifestantes”, diz um trecho.

“A situação, antes da Copel, era tão precária que, ao assumir os serviços de

Maringá, a Companhia precisou enfrentar sérios problemas de consumo

clandestino de energia elétrica, feito inclusive com extensões de arame de aço e

arame farpado. Cerca de 30% do consumo energético não era pago (por influências

políticas) e isso, naturalmente, refletia na situação financeira. Os serviços estavam

Decreto sancionado

pelo Presidente Café

Filho autorizava o

funcionamento da

empresa. Abaixo, o

governador Adolpho

de Oliveira Franco

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