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tilização de material existente feito por outros.<br />
Embora possa parecer um pouco exigente à primeira vista esclarecer<br />
a situação, uma vez que parece que os dois grupos caminham<br />
na mesma direção, há de fato vários problemas em tomar um atalho<br />
tão drástico.<br />
Em primeiro lugar, enquanto o movimento da <strong>Cultura</strong> <strong>Livre</strong> visa à<br />
criação de uma fundação para artefatos culturais, o CC tem deixado o<br />
licenciado escolher o que lhe parece mais adequado para seu trabalho,<br />
com ênfase na chamada “cultura remix”. Na falta de informação circundante<br />
correta, um artista simpatizante do conteúdo aberto pode acabar<br />
escolhendo uma licença muito restritiva sem realmente entender o<br />
que poderia limitado, e, na outra extremidade do espectro, alguém que<br />
visa proteger seu trabalho pode não compreender as consequências de<br />
alguns irreversíveis efeitos permissivos do licenciamento em CC.<br />
Fragmentação, conservadorismo e o mercado livre:<br />
Certamente, quando teóricos ou práticos se interessam por tópicos<br />
da cultura livre, espera-se que eles façam uma quantidade considerável<br />
de pesquisa sobre o tema, o que infelizmente não é o caso. Além<br />
disso, o que se vê infelizmente é que, quanto mais informações são<br />
buscadas, mais confusão surge, e não esclarecimento. A este respeito,<br />
pode-se censurar o CC por não ter uma maneira de envolvimento clara<br />
e consistente com a CL.<br />
Como exercício mental, vamos imaginar que um artista está interessado<br />
em publicar uma criação utilizando um mecanismo legal mais<br />
imbuído do espírito da Era da divulgação via Internet, ou que simplesmente<br />
deseja fazer isso para frisar seu apoio à cultura livre.<br />
As licenças CC são extremamente visíveis porque muitos serviços<br />
e aplicativos populares da web as usam como um recurso no estilo<br />
livre frente ao copyright padrão para alguns dados gerados por seus<br />
usuários ou conteúdos hospedados. Por exemplo, o serviço de hospedagem<br />
de fotos online Flickr permite que seus usuários publiquem<br />
fotos via licenças CC, para que “permitam uma utilização mais aberta<br />
e ocompartilhamento de [suas] fotos ou vídeos, mantendo um nível<br />
de proteção razoável de direitos autorais”. 4 Ao mesmo tempo, defensores<br />
da CL frequentemente usam a licença CC Attribution-ShareAlike<br />
(BY-SA), pois é apropriada para a própria definição de trabalhos<br />
culturais livres que eles têm.<br />
Como consequência, nosso “artista imaginário” irá provavelmente<br />
acabar no site CC em algum momento. O primeiro desafio será então escolher<br />
a licença CC certa. Esse é o primeiro ponto de frustração, já que o<br />
número de licenças disponíveis pode tornar-se rapidamente esmagador.<br />
De acordo com David Boiller, em certo momento, por volta de 2006, ha-<br />
4. <br />
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