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digital [...]. Segundo, uma vez que o conteúdo é marcado, os<br />

empreendedores desenvolveriam sistemas para monitorar<br />

quantos itens de cada conteúdo foram distribuídos. Em terceiro<br />

lugar, com base nesses números, então os artistas seriam<br />

compensados. E em quarto lugar a compensação seria<br />

paga por um imposto apropriado.<br />

Na “tradição da cultura livre” a solução é, paradoxalmente, um novo<br />

imposto. O rastreamento de downloads e tributação implicam uma<br />

intervenção pública e centralizada bastante incomum para os EUA e<br />

imaginável apenas em uma social-democracia escandinava. A questão<br />

permanece pouco clara. Mais explicitamente, em outra passagem,<br />

Lessig sugere o sacrifício da propriedade intelectual para obter uma<br />

internet mais expandida. Aqui, a intuição de Lessig está certa (para o<br />

capitalismo). Lessig está ciente de que o mercado precisa de um espaço<br />

dinâmico e autogerador para expandir e criar novos monopólios e rentismos.<br />

Um espaço dinâmico é mais importante do um regime “acomodado”<br />

de copyright.<br />

É melhor (a) ter uma tecnologia 95 por cento segura e que<br />

produza um mercado de tamanho x, ou (b) uma tecnologia<br />

que é 50 por cento segura, mas produz um mercado de cinco<br />

vezes x? Menos segurança pode produzir mais compartilhamento<br />

não autorizado, mas é provável que também produza<br />

um mercado muito maior no compartilhamento autorizado.<br />

O mais importante é garantir a compensação dos artistas sem<br />

quebrar a Internet.<br />

Neste sentido, as licenças Creative Commons ajudam a expandir e a<br />

lubrificar o espaço do mercado. Como afirma John Perry Barlow: “Para<br />

as ideias, fama é fortuna. E nada o faz famoso mais rápido que um público<br />

disposto a distribuir o seu trabalho de graça” [BARLOW, 2000].<br />

Apesar dos sonhos políticos, o espaço livre de fricção do digitalismo<br />

parece acelerar em direção a um cenário ainda mais competitivo. Neste<br />

sentido, em A riqueza das redes, Benkler está absolutamente errado<br />

quando escreve que “a informação é não-rival”. A não-rivalidade da<br />

informação é outro importante postulado do ideário do culturalivrismo:<br />

Lessig e Benkler acreditam que a livre reprodução digital não causa<br />

mais competição, apenas mais cooperação. É claro que a rivalidade<br />

não é produzida por cópias digitais mas pela sua fricção no espaço real<br />

e em outras fontes de recursos limitados. Benkler celebra a “produção<br />

entre pares”, mas na realidade ele está apenas encobrindo a reprodução<br />

imaterial. Software livre e Wikipédia são amplamente citados como os<br />

principais exemplos de “produção social”, mas esses exemplos, na realidade,<br />

apenas apontam para a produção social online.<br />

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