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ESCOLA NOVA

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Uma escola nova na Bélgica<br />

Mas foi nas oficinas Cockerill e sobretudo nas de construção<br />

elétrica em Charleroi que aprendemos mais sobre o assunto.<br />

Seguimos o guia pela sala de serragem onde muitas máquinas<br />

trabalhavam ao mesmo tempo. Explicaram-nos que<br />

os grandes blocos que vimos são depois cortados em placas<br />

de diferentes espessuras. Para isso, a grande estrutura horizontal<br />

de cada máquina é equipada com 5, 10, 15 e um número<br />

ainda maior de lâminas de aço e animada por um movimento<br />

de vai e vem, de frente para trás e de baixo para cima. Ao contrário<br />

do que pensávamos, não é a lâmina de aço que corta o<br />

mármore, mas a areia grossa que é deitada sobre ele. Com<br />

este sistema consegue-se cortar 1 cm de profundidade por<br />

hora. Não é muito. Para cortar mármore com superfície curva<br />

usa-se fio helicoidal. Nos últimos anos está a usar-se a serra<br />

circular de carborundum (preparação industrial de carbeto de<br />

silício). Estas serras são usadas para corte de placas de mármore<br />

e permitem economizar tempo. Um exemplo: deve-se<br />

cortar com um comprimento de dois metros uma folha de<br />

mármore com 3 cm de espessura. O sistema antigo demora<br />

3 horas, enquanto o novo leva cerca de 10 minutos. Ultimamente<br />

a fábrica de mármore de Merbes-le-Château inventou<br />

e aperfeiçoou serras de carborundum movidas a eletricidade.<br />

Noutras oficinas esculpe-se o mármore a cinzel ou a ar<br />

comprimido ainda à mão e fazem-se lareiras, escadas…<br />

Curiosamente os trabalhadores jovens adaptaram-se logo<br />

às máquinas, enquanto os mais velhos não quiseram mudar<br />

de hábitos. Vemos assim uma oficina com pessoas mais velhas<br />

a trabalhar lentamente debruçadas nas suas bancadas.<br />

Peço ao leitor que se lembre do que se disse sobre<br />

as visitas a fábricas que colocam o aluno em contacto<br />

não só com os elementos científicos e técnicos

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