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ESCOLA NOVA

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António S. Nóvoa<br />

pelo significado de, no prefácio, Adolphe Ferrière<br />

ter publicado, pela primeira vez, os famosos Trinta<br />

princípios de uma escola nova modelo, que serviam para<br />

aferir da conformidade de cada experiência com os<br />

ideais traçados pelo “Bureau international des écoles<br />

nouvelles”: “Têm-me perguntado com frequência<br />

em que consiste exactamente uma Escola nova e o<br />

que a caracteriza. A definição que tenho dado não<br />

foi suficiente para evitar mal-entendidos. A partir de<br />

agora vou aconselhar a leitura da obra do meu colega<br />

e amigo, professor Faria de Vasconcellos. A sua<br />

escola de Bierges-les-Wavre na Bélgica, cujo desenvolvimento<br />

foi tragicamente interrompido pela<br />

guerra, era uma Escola nova modelo”. [a]<br />

Este duplo exercício, programático e prático, é típico<br />

do movimento da Educação Nova. Por um lado,<br />

definem-se grandes princípios, por outro, apresentam-se<br />

experiências concretas que os ilustram. O livro<br />

de Faria de Vasconcelos constitui um dos primeiros<br />

e mais notáveis exemplos desta estratégia de<br />

difusão mundial de um ideário pedagógico.<br />

Hoje, sabemos que a Educação Nova se impôs<br />

como forma dominante de pensar a educação, ainda<br />

que muitos dos seus princípios continuem por concretizar.<br />

Na verdade, os temas que a Educação Nova<br />

propõe transformaram-se numa vulgata que, de uma<br />

ou de outra forma, pais e professores vão repetir ao<br />

longo do século XX.<br />

A nossa maneira de pensar a infância, a educação<br />

e a pedagogia baseia-se, fundamentalmente, neste

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