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ESCOLA NOVA

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A. Faria de Vasconcellos 65<br />

Assim no trimestre do verão passado, os jovens<br />

trabalhavam nos campos três vezes por semana<br />

das cinco às sete da manhã. Foram eles que tomaram<br />

esta decisão e eu não me opus, acautelando<br />

no entanto que, incluindo a sesta, tivessem pelo<br />

menos nove horas de sono.<br />

São também eles que cuidam dos animais, que<br />

lhes dão de comer e de beber, que os levam para<br />

o campo, que lhes fazem as camas de forragem,<br />

que ordenham as vacas. Uma equipa de dois ou<br />

três alunos por semana ocupa-se destas tarefas.<br />

Que lições inesquecíveis de iniciativa, liberdade,<br />

responsabilidade, resistência, vigor, a criança recebe<br />

nos campos! E como é bom que ela aprenda a sentir,<br />

a compreender que todos os trabalhos, mesmo aqueles<br />

que são mais repugnantes e inferiores, contribuem<br />

generosamente para o sucesso de qualquer<br />

empresa! Não há lugar para a pose, vaidade desdenhosa,<br />

falso orgulho, mas apenas uma apreciação<br />

saudável do valor do trabalho e de quem trabalha.<br />

Nada mais belo moral e socialmente do que<br />

esta grandeza do trabalho. A criança aprende a<br />

não desprezar estas atividades manuais, porque<br />

vê que por cima do estrume germinam, desabrocham<br />

e vivem todos os esplendores da flor. E o seu<br />

olhar, o seu coração, a sua inteligência enchem-se,<br />

para toda a vida, de tesouros de ternura, bondade,<br />

estima e justiça agindo em benefício dos que criam

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