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ESCOLA NOVA

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318<br />

Isabel P. Martins<br />

Aprender em contextos reais<br />

“A criança… que é conduzida pela sua experiência<br />

pessoal a reconstruir este todo… não aprende<br />

simplesmente, mas sabe como e porque usar os<br />

conhecimentos. Isto tem um significado muito<br />

elevado na vida, porque não importa só possuir<br />

conhecimentos, mas sobretudo saber servir-se<br />

deles, saber utilizá-los, saber aplicá-los.” [a]<br />

Terá cabimento analisar as perspetivas de ensino<br />

das ciências veiculadas por Uma Escola Nova, um<br />

século antes, visto que as mudanças a nível científico<br />

e tecnológico foram tão apreciáveis que nada na escola<br />

e, em particular, no ensino das ciências estará<br />

na mesma?<br />

A visão de ensino das ciências que Faria de Vasconcelos<br />

apresenta já tinha a ver com duas ideias-chave<br />

cruciais para a aprendizagem das ciências: a experimentação<br />

e a integração de saberes. Para isso os alunos<br />

abordavam situações reais, do quotidiano próximo<br />

e progressivamente mais distante, e isso exigia<br />

a problematização das situações e a discussão dos<br />

problemas num intercâmbio e articulação de pontos<br />

de vista, ideias, conhecimentos e saberes. O interesse<br />

dos alunos pelos temas seria fundamental para que a<br />

aprendizagem resultasse. Mais, para além dos saberes<br />

específicos próprios dos temas em estudo, Faria<br />

de Vasconcelos advogava um estatuto sublime para<br />

as ciências no currículo: a sua capacidade de estimularem<br />

o desenvolvimento intelectual e o pensamento

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