Uma Arquitetura de Suporte a Interações 3D ... - DCA - Unicamp
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4.1 Estimativas em superfícies discretas 73<br />
Ts(p) = 1<br />
|A|<br />
<br />
arestas U<br />
β(U) |U ∩ A| Ū Ū ′ , (4.15)<br />
on<strong>de</strong> p é um vértice da malha, |A| é a área da superfície discreta em torno <strong>de</strong> p e sobre a qual o tensor<br />
está sendo estimado, β(U) é o ângulo (positivo se convexo, negativo se côncavo) entre os vetores<br />
normais dos dois triângulos que compartilham a aresta U, |U ∩ A| é o comprimento <strong>de</strong> U ∩ B (entre<br />
0 e |U|), e Ū é um vetor (coluna) unitário paralelo à aresta U.<br />
Ts difere <strong>de</strong> IIs por ser um tensor 3×3 que inclui informações sobre o vetor normal. Em especial,<br />
o autovetor associado ao autovalor <strong>de</strong> menor magnitu<strong>de</strong> é uma estimativa do vetor normal em p. Os<br />
dois outros autovalores correspon<strong>de</strong>m a κmin, κmax, mas com autovetores trocados, i.e., o autovetor<br />
associado ao autovalor <strong>de</strong> κmin indica a direção da curvatura máxima, e vice-versa.<br />
As técnicas <strong>de</strong> aproximação pela média do tensor <strong>de</strong> curvatura não sofrem das mesmas <strong>de</strong>fi-<br />
ciências das técnicas <strong>de</strong> aproximação por superfícies analíticas e por curvatura normal em vértices<br />
coinci<strong>de</strong>ntes com a interseção <strong>de</strong> duas linhas. Entretanto, outras configurações po<strong>de</strong>m acumular er-<br />
ros que não são minimizados mesmo quando se aumenta o número <strong>de</strong> arestas utilizadas na avaliação<br />
da equação 4.15. <strong>Uma</strong> <strong>de</strong>ssas configurações é <strong>de</strong>stacada por Rusinkiewicz [2004]: os pólos <strong>de</strong> uma<br />
esfera geodésica construída a partir da subdivisão <strong>de</strong> um tetraedro.<br />
Procurando resolver as <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong>ssas técnicas [Cohen-Steiner and Morvan, 2003, Alliez<br />
et al., 2003], Rusinkiewicz [2004] propõe um novo método <strong>de</strong> aproximação pela média do tensor <strong>de</strong><br />
curvatura, baseando-se na idéia <strong>de</strong> Goldfeather and Interrante [2004] <strong>de</strong> utilizar o vetor normal já<br />
existente nos vértices da vizinhança <strong>de</strong> 1-anel. De forma semelhante aos algoritmos tradicionais <strong>de</strong><br />
cálculo do vetor normal, o tensor IIs é calculado inicialmente para as faces e então estimado para os<br />
vértices como uma média dos tensores das faces adjacentes. Os resultados mais robustos são obtidos<br />
quando essa média é pon<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> acordo com a área da região <strong>de</strong> Voronoi em torno do vértice <strong>de</strong><br />
interesse.<br />
O método <strong>de</strong> Rusinkiewicz [2004] produz resultados acurados tanto para as configurações on<strong>de</strong><br />
falham os métodos <strong>de</strong> aproximação por superfícies analíticas (e.g., vértices <strong>de</strong> interseções entre duas<br />
linhas), quanto para as configurações on<strong>de</strong> falham os outros métodos por média do tensor <strong>de</strong> cur-<br />
vatura (e.g., pólos <strong>de</strong> esferas geodésicas). Como conseqüência, o método também produz resultados<br />
visualmente mais satisfatórios em mo<strong>de</strong>los digitalizados. Nestes mo<strong>de</strong>los, é comum a presença, na<br />
malha triangular, <strong>de</strong> configurações problemáticas às outras técnicas, o que gera o aparecimento <strong>de</strong><br />
outliers (estimativas grosseiras, porém pontuais) em regiões do mo<strong>de</strong>lo que <strong>de</strong>veriam ter curvatura<br />
suave.<br />
Dos algoritmos citados, o método <strong>de</strong> Rusinkiewicz [2004] é o único a calcular também elementos