boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal
boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal
boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
labor rural d<strong>es</strong>envolvido em regime de economia familiar, a condição de agricultor<br />
do marido contida no documento <strong>es</strong>tende-se à <strong>es</strong>posa, atentando-se também para<br />
o contexto probatório dos autos, que aponta realmente a autora como agricultora”<br />
(Precedente: TRF 4ª Região. AC 1999.71.09.001093-0. Relator Luis Alberto<br />
Azevedo Aurvalle. DJU 26/10/2005, p. 706).<br />
Recurso improvido. Condenação do recorrente em honorários advocatícios,<br />
arbi<strong>tr</strong>ados em 10% do valor da condenação.<br />
A C Ó R D Ã O<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os membros da Turma<br />
Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo<br />
negar provimento ao recurso.<br />
30 - 2006.50.51.000124-3/01 INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -<br />
INSS (PROCDOR: EDUARDO LIPUS GOMES.) x TEREZA FREITAS DE<br />
AMORIM.<br />
E M E N T A<br />
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE. SEGUNDA VIA DE<br />
CERTIDÃO DE CASAMENTO. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. PROVA<br />
INDICIÁRIA. DIVERGÊNCIA ENTRE DEPOIMENTO PESSOAL E PROVA<br />
TESTEMUNHAL. TRABALHO RURAL CONFIRMADO. FALTA DE ABSOLUTA<br />
COESÃO ESCUSÁVEL.<br />
A certidão de casamento indicando a profissão do marido da recorrida como<br />
lavrador constitui início razoável de prova material da atividade rurícola, conforme<br />
enuncia a Súmula nº 6 da Turma Nacional de Uniformização. O fato de se <strong>tr</strong>atar de<br />
segunda via de documento é irrelevante, porque a contemporaneidade da<br />
informação é garantida pela fidedignidade da base de dados con<strong>tr</strong>olada por<br />
tabelião com fé pública.<br />
Em situaçõ<strong>es</strong> nas quais a certidão de casamento remota constitui o único<br />
documento apr<strong>es</strong>entado, é possível aceitá-la, d<strong>es</strong>de que não existam ou<strong>tr</strong>os<br />
elementos de prova que coloquem em dúvida a indicação de que o núcleo familiar<br />
tenha continuado a <strong>tr</strong>abalhar na roça após a celebração do ma<strong>tr</strong>imônio. O início de<br />
prova material exigido pela lei não precisa constituir prova cabal, mas mero indício,<br />
bastando que mos<strong>tr</strong>e superficialmente a ligação en<strong>tr</strong>e a parte inter<strong>es</strong>sada e a<br />
atividade rural.<br />
As divergências en<strong>tr</strong>e o depoimento p<strong>es</strong>soal da recorrida e o depoimento das<br />
t<strong>es</strong>temunhas abrangem dados pontuais, mas não o fato cen<strong>tr</strong>al: a recorrida<br />
<strong>tr</strong>abalhou durante toda a vida na roça. As t<strong>es</strong>temunhas convergentemente<br />
confirmaram o nome dos dois proprietários rurais em cujas terras a recorrida<br />
<strong>tr</strong>abalhou. A falta de absoluta co<strong>es</strong>ão en<strong>tr</strong>e os depoimentos é <strong>es</strong>cusável, tendo em<br />
vista o lapso temporal <strong>tr</strong>anscorrido en<strong>tr</strong>e os fatos e a colheita da prova.<br />
Recurso improvido. Sem condenação em honorários advocatícios, porque a<br />
recorrida não <strong>es</strong>tá assistida por advogado.<br />
A C Ó R D Ã O<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os membros da Turma<br />
Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo<br />
negar provimento ao recurso.<br />
31 - 2008.50.51.001168-3/01 INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -<br />
INSS (PROCDOR: OLÍVIA BRAZ VIEIRA DE MELO.) x JOSÉ CAPRINI<br />
(ADVOGADO: MICHELA JACOMELI MARTINS, IZAIAS CORREA BARBOZA<br />
JUNIOR.).<br />
E M E N T A<br />
PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE RMI. DECADÊNCIA. PRAZO DE CADUCIDADE<br />
PREVISTO POR LEI POSTERIOR À CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.<br />
APLICABILIDADE DA LEI NOVA. RETROATIVIDADE MÍNIMA. NÃO HÁ OFENSA<br />
A DIREITO ADQUIRIDO NEM A ATO JURÍDICO PERFEITO. SÚMULA Nº 8 DA<br />
TURMA REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO.<br />
Até 27/06/1997, não havia previsão legal de decadência para a revisão dos atos de<br />
conc<strong>es</strong>são de benefícios previdenciários. A revisão podia ser requerida a qualquer<br />
tempo. A decadência foi instituída a partir de 28/06/1997, quando en<strong>tr</strong>ou em vigor a<br />
MP 1.523-9, convertida na Lei nº 9.528/97.<br />
A decadência incide sobre os benefícios concedidos ant<strong>es</strong> da lei que <strong>es</strong>tabeleceu<br />
o prazo de caducidade. A lei nova é aplicável a todos os fatos e situaçõ<strong>es</strong><br />
pr<strong>es</strong>ent<strong>es</strong> e futuras, r<strong>es</strong>salvadas apenas as hipót<strong>es</strong><strong>es</strong> cobertas pelo direito