17.04.2013 Views

boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

142 - 2007.50.50.000484-7/01 WELLINGTON NASCIMENTO PEREIRA<br />

(ADVOGADO: JOÃO EUGÊNIO MODENESI FILHO.) x CAIXA ECONOMICA<br />

FEDERAL (ADVOGADO: CLEBER ALVES TUMOLI.).<br />

EMENTA<br />

FGTS. JUROS PROGRESSIVOS. VÍNCULO DE EMPREGO ANTERIOR A LEI<br />

5707/71. OPÇÃO PELO REGIME DO FGTS APÓS A ENTRADA EM VIGOR DA<br />

LEI 5707/71 E ANTES DA ENTRADA EM VIGOR DA LEI 5958/73. RECURSO<br />

INTERPOSTO PELA PARTE AUTORA NÃO PROVIDO. SENTENÇA DE<br />

IMPROCEDÊNCIA MANTIDA, EMBORA POR OUTROS FUNDAMENTOS.<br />

1. Nos pr<strong>es</strong>ent<strong>es</strong> autos, o autor só juntou os ex<strong>tr</strong>atos de sua conta de FGTS, em<br />

momento posterior à interposição de recurso (fls.76/130), o que não seria cabível,<br />

nos termos do art. 397 do CPC. M<strong>es</strong>mo se <strong>es</strong>ta qu<strong>es</strong>tão fosse superada, a<br />

pretensão autoral não merece prosperar.<br />

2. A Lei 5107 / 66, que criou o FGTS, em seu art. 4º, previu a aplicação de juros<br />

progr<strong>es</strong>sivos aos depósitos mencionados no art. 2º da Lei 5107 / 66, relativos à<br />

conta vinculada a cada empregado, optante ou não. Com o advento da Lei 5705 /<br />

71, o art. 4º da Lei 5107 / 66 foi alterado para fazer constar que todos os depósitos<br />

mencionados no art. 2º da Lei 5107 / 66 seriam remunerados à taxa de juros de<br />

3% ao ano, sem a progr<strong>es</strong>sividade prevista inicialmente. Manteve a Lei 5705 / 71,<br />

porém, o direito adquirido à progr<strong>es</strong>sividade dos juros daquelas contas vinculadas<br />

aos empregados que optaram pelo FGTS na vigência da Lei 5.107/66. O direito à<br />

progr<strong>es</strong>sividade c<strong>es</strong>saria se o empregado mudasse de empr<strong>es</strong>a (art. 2º § único da<br />

Lei 5705 / 1971), voltando ao patamar único de 3 %. Por fim, a Lei 5958 / 73 teve<br />

por finalidade <strong>es</strong>timular os empregados que poderiam ter optado pelo regime<br />

quando do advento da Lei 5.107/66 e não o fizeram. Daí a garantia da opção com<br />

efeitos re<strong>tr</strong>oativos a 1º/01/67 ou à data da admissão, se posterior àquela, d<strong>es</strong>de<br />

que com a anuência do empregador. Mas frise-se: somente aquel<strong>es</strong> que já<br />

poderiam ter optado pelo FGTS ao tempo da Lei 5107 / 66 e não o fizeram<br />

poderiam ser beneficiados pela Lei 5958 / 73, com efeitos re<strong>tr</strong>oativos.<br />

3. Aos empregados admitidos depois da Lei 5705 / 71 não se aplica o permissivo<br />

da Lei 5958 / 73 e, por conseqüência, a taxa progr<strong>es</strong>siva de juros. Tampouco aos<br />

empregados que foram admitidos ant<strong>es</strong> da Lei 5705 / 71 mas optaram pelo FGTS<br />

en<strong>tr</strong>e as datas de vigência das Leis 5705 / 71 e 5958 / 73 (ou seja, en<strong>tr</strong>e<br />

22.09.1971 e 10.12.1973) possuem direito à progr<strong>es</strong>sividade. Isto pela razão de<br />

que quando o autor ingr<strong>es</strong>sou no regime do FGTS já <strong>es</strong>tavam em vigor as regras<br />

que ditavam a remuneração à base de 3 %. Somente os que optaram pelo FGTS<br />

com efeitos re<strong>tr</strong>oativos, nos termos da Lei 5958 / 73 é que possuem direito à<br />

progr<strong>es</strong>são de juros, nos termos da súmula 154 STJ.<br />

4. N<strong>es</strong>te sentido: “Os juros progr<strong>es</strong>sivos não são devidos ao <strong>tr</strong>abalhador que fez<br />

opção pelo regime de FGTS em plena vigência da Lei 5.705/71, que in<strong>tr</strong>oduziu a<br />

taxa fixa de 3% ao ano para a remuneração das contas vinculadas, sem os efeitos<br />

re<strong>tr</strong>oativos de que <strong>tr</strong>ata a Lei 5.958/73” (TRF 1ª Região, Rel. D<strong>es</strong>. Fed. Fagund<strong>es</strong><br />

de Deus, AC 200638000397476 / MG).<br />

5. É o caso do autor que foi admitido na empr<strong>es</strong>a em 01.10.1960 e optou pelo<br />

FGTS em 01.09.1973 (fl. 80). Não possui direito, portanto, à aplicação da taxa<br />

progr<strong>es</strong>siva de juros.<br />

6. Recurso não provido. Sentença de improcedência mantida, embora por ou<strong>tr</strong>os<br />

fundamentos. Sem custas (art. 4º - II, Lei 9.289/96). Condenação da parte<br />

recorrente ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em R$ 50,00, ficando<br />

sua execução suspensa, na forma do art. 12 da Lei 1.060/50.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas,<br />

decide a Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do<br />

Espírito Santo NEGAR PROVIMENTO ao recurso interposto pela parte autora, na<br />

forma da ementa que integra <strong>es</strong>te julgado.<br />

143 - 2007.50.50.000352-1/01 BELAZIEL SIQUEIRA (ADVOGADO: JOÃO<br />

EUGÊNIO MODENESI FILHO.) x CAIXA ECONOMICA FEDERAL (ADVOGADO:<br />

CLEBER ALVES TUMOLI.).<br />

EMENTA<br />

FGTS. JUROS PROGRESSIVOS. VÍNCULO DE EMPREGO E OPÇÃO PELO<br />

REGIME DO FGTS NA VIGÊNCIA DA LEI 5.107/66. PRESUNÇÃO DE<br />

APLICAÇÃO DA TAXA PROGRESSIVA DE JUROS. LESÃO AO DIREITO: ÔNUS

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!