boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal
boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal
boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
integrante do m<strong>es</strong>mo grupo econômico que o agente financeiro vir negar a<br />
cobertura securitária sob a <strong>es</strong><strong>tr</strong>anha alegação de que o con<strong>tr</strong>ato.<br />
Recurso improvido. Sem condenação em honorários advocatícios, porque o<br />
recorrido não <strong>es</strong>tá assistido por advogado.<br />
A C Ó R D Ã O<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os membros da Turma<br />
Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo<br />
negar provimento ao recurso.<br />
52 - 2007.50.50.000313-2/01 CAIXA ECONOMICA FEDERAL (ADVOGADO:<br />
LUCIANO PEREIRA CHAGAS.) x DAYANE LOPES SIQUEIRA (ADVOGADO:<br />
KAROL ARAUJO DURÇO, ERICA FRAGA MACHADO, ALEXANDRE VIEIRA<br />
ESTEVES, MÁRIO CEZAR PEDROSA SOARES.).<br />
E M E N T A<br />
SEGURO-DESEMPREGO. SAQUE POR TERCEIRO. ÔNUS DE PROVAR QUEM<br />
RECEBEU O PAGAMENTO.<br />
“Consoante o art. 15, da Lei n. 7.998/90, a Caixa Econômica <strong>Federal</strong>, empr<strong>es</strong>a<br />
pública federal, d<strong>es</strong>fruta da qualidade de banco oficial federal – r<strong>es</strong>ponsável pelas<br />
d<strong>es</strong>p<strong>es</strong>as do seguro-d<strong>es</strong>emprego –, de forma que é parte legítima para r<strong>es</strong>ponder<br />
a demandas relativas ao pagamento do seguro-d<strong>es</strong>emprego, m<strong>es</strong>mo que <strong>es</strong>te seja<br />
custeado pelo FAT” (STJ, REsp 478933, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto<br />
Martins, DJ 23/08/2007). Rejeitada a argüição de ilegitimidade passiva para a<br />
causa.<br />
A sentença condenou a Caixa Econômica <strong>Federal</strong> a pagar indenização por dano<br />
material e moral decorrente de saque indevido do seguro-d<strong>es</strong>emprego. A<br />
recorrente alegou que o saque deve ter sido realizado pela própria recorrida, uma<br />
vez o seguro-d<strong>es</strong>emprego é p<strong>es</strong>soal e in<strong>tr</strong>ansferível. En<strong>tr</strong>etanto, não se<br />
d<strong>es</strong>incumbiu do ônus de comprovar que o pagamento foi realmente feito à<br />
recorrida. Cabia à recorrente exibir recibo com assinatura da recorrida. Não se<br />
pode exigir da recorrida a prova de fato negativo, ou seja, que ela não recebeu o<br />
pagamento.<br />
Recurso improvido. Condenação da recorrente em honorários advocatícios,<br />
arbi<strong>tr</strong>ados em dez por cento do valor da condenação.<br />
A C Ó R D Ã O<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os membros da Turma<br />
Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo<br />
negar provimento ao recurso.<br />
53 - 2008.50.50.002035-3/01 CAIXA ECONOMICA FEDERAL (ADVOGADO:<br />
CLEBER ALVES TUMOLI.) x LUIZ CLAUDIO GONCALVES SIMOES<br />
(ADVOGADO: RENATA LIMA CORREIA ROCHA.).<br />
E M E N T A<br />
FGTS. JUROS PROGRESSIVOS. PRESCRIÇÃO. MODO DE SATISFAÇÃO DA<br />
OBRIGAÇÃO. CRÉDITO EM CONTA VINCULADA. OBRIGAÇÃO DE FAZER.<br />
“Não há pr<strong>es</strong>crição do fundo de direito de pleitear a aplicação dos juros<br />
progr<strong>es</strong>sivos nos saldos das contas vinculadas ao Fundo de Garantia por Tempo<br />
de Serviço-FGTS, mas tão só das parcelas vencidas ant<strong>es</strong> dos <strong>tr</strong>inta anos que<br />
antecederam à propositura da ação, porquanto o prejuízo do empregado renova-se<br />
mês a mês, ante a não incidência da taxa de forma <strong>es</strong>calonada” (REsp<br />
1.110.547/PE, Rel. Min. Cas<strong>tr</strong>o Meira, DJe de 04.05.09, julgado sob o regime do<br />
artigo 543-C do CPC). A sentença, porém, omitiu-se em pronunciar a pr<strong>es</strong>crição<br />
das pr<strong>es</strong>taçõ<strong>es</strong> mensais vencidas há mais de <strong>tr</strong>inta anos.<br />
A sentença impôs condenação ao cumprimento de obrigação de pagar quantia<br />
certa ainda não liquidada, mas a recorrente sustenta que a obrigação deve ser<br />
satisfeita mediante crédito em conta vinculada. O art. 29-A da Lei nº 8.036/90<br />
realmente dispõe que “quaisquer créditos relativos à correção dos saldos das<br />
contas vinculadas do FGTS serão liquidados mediante lançamento pelo agente<br />
operador na r<strong>es</strong>pectiva conta do <strong>tr</strong>abalhador”. Trata-se, portanto, de obrigação de<br />
fazer, e não de obrigação de dar.<br />
Recurso parcialmente provido para reformar a sentença: a) pronunciando a<br />
pr<strong>es</strong>crição das pr<strong>es</strong>taçõ<strong>es</strong> mensais vencidas há mais de <strong>tr</strong>inta anos, contados da<br />
data do ajuizamento da ação; b) r<strong>es</strong>salvando que o cumprimento da obrigação<br />
deverá ocorrer sob a forma de crédito em conta vinculada.<br />
Ante a sucumbência recíproca, compensam-se os honorários advocatícios (art. 21