17.04.2013 Views

boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

SEM ADVOGADO.).<br />

E M E N T A<br />

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CADERNETA DE POUPANÇA. EXPURGOS<br />

INFLACIONÁRIOS. TAXA DE JUROS DE MORA EMBUTIDA NO COEFICIENTE<br />

DE ATUALIZAÇÃO. REEXAME DA MATÉRIA DECIDIDA. INEXISTÊNCIA DE<br />

OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.<br />

A sentença condenou a Caixa Econômica <strong>Federal</strong> a pagar o valor líquido apurado<br />

pela Contadoria. Os cálculos de liquidação apuraram as diferenças sobre saldo de<br />

caderneta de poupança r<strong>es</strong>ultant<strong>es</strong> dos expurgos inflacionários e, sobre o valor<br />

original das diferenças, aplicou coeficiente de atualização. Em nenhum momento<br />

os cálculos aludem expr<strong>es</strong>samente à aplicação de juros remuneratórios mês a<br />

mês. A Caixa Econômica <strong>Federal</strong> interpôs recurso alegando que os cálculos<br />

embutiam aplicação de juros remuneratórios, mês a mês, durante todo o período<br />

d<strong>es</strong>de a ocorrência do expurgo até o fechamento das contas. Sustentou, com base<br />

em precedente do STJ, que os juros remuneratórios somente poderiam incidir uma<br />

vez, a saber, no mês da ocorrência do expurgo inflacionário. A turma recursal<br />

considerou prejudicado o argumento, porque a planilha de cálculos na qual a<br />

sentença se baseou mos<strong>tr</strong>ou aplicação de juros remuneratórios somente uma vez,<br />

no mês do expurgo. A Caixa Econômica <strong>Federal</strong> interpôs embargos de declaração<br />

alegando que a tabela de coeficient<strong>es</strong> de atualização (elaborada pelo Núcleo de<br />

Contadoria da Subseção Judiciária de Florianópolis) na qual a Contadoria se<br />

baseou embute juros remuneratórios de 0,5% ao mês. A embargante, porém, não<br />

apr<strong>es</strong>entou nenhum documento comprovando <strong>es</strong>se fato, apenas fez alusão à<br />

página da seção judiciária na internet. Também juntou um parecer de seu próprio<br />

assistente técnico, que não demons<strong>tr</strong>a a aplicação de juros remuneratórios durante<br />

todo o período.<br />

Os embargos não apontam a existência de omissão, con<strong>tr</strong>adição ou obscuridade<br />

no acórdão embargado. Limitam-se a provocar o reexame da matéria<br />

expr<strong>es</strong>samente decidida. Não havendo vício formal suscetível de correção por<br />

embargos de declaração, o acórdão embargado, ainda que contenha error in<br />

judicando, não pode ser modificado pela própria turma recursal.<br />

A con<strong>tr</strong>adição suscetível de correção em embargos de declaração pr<strong>es</strong>supõe<br />

antagonismo lógico en<strong>tr</strong>e duas premissas nec<strong>es</strong>sariamente in<strong>tr</strong>ínsecas à própria<br />

sentença: pode haver con<strong>tr</strong>adição en<strong>tr</strong>e proposiçõ<strong>es</strong> da fundamentação, en<strong>tr</strong>e a<br />

fundamentação e o dispositivo, ou en<strong>tr</strong>e proposiçõ<strong>es</strong> do dispositivo. Os embargos<br />

de declaração limitam-se à verificação do encadeamento racional en<strong>tr</strong>e<br />

proposiçõ<strong>es</strong> internas ao julgado. Alegação de con<strong>tr</strong>adição en<strong>tr</strong>e fundamento do<br />

acórdão e elemento de prova (como o laudo contábil, que teria embutido juros<br />

remuneratórios) caracteriza provocação de reexame da justiça da decisão, objetivo<br />

que ex<strong>tr</strong>apola os limit<strong>es</strong> dos embargos de declaração.<br />

Embargos improvidos.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os membros da Turma<br />

Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo<br />

negar provimento aos embargos de declaração.<br />

40 - 2007.50.50.005261-1/01 CAIXA ECONOMICA FEDERAL (ADVOGADO:<br />

LUCIANO PEREIRA CHAGAS.) x NAIR LYRIO MODENESI REDIVO<br />

(ADVOGADO: FABRICIO CECCATO BORGO.).<br />

E M E N T A<br />

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CADERNETA DE POUPANÇA. EXPURGOS<br />

INFLACIONÁRIOS. TAXA DE JUROS DE MORA EMBUTIDA NO COEFICIENTE<br />

DE ATUALIZAÇÃO. REEXAME DA MATÉRIA DECIDIDA. INEXISTÊNCIA DE<br />

OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.<br />

A sentença condenou a Caixa Econômica <strong>Federal</strong> a pagar o valor líquido apurado<br />

pela Contadoria. Os cálculos de liquidação apuraram as diferenças sobre saldo de<br />

caderneta de poupança r<strong>es</strong>ultant<strong>es</strong> dos expurgos inflacionários e, sobre o valor<br />

original das diferenças, aplicou coeficiente de atualização. Em nenhum momento<br />

os cálculos aludem expr<strong>es</strong>samente à aplicação de juros remuneratórios mês a<br />

mês. A Caixa Econômica <strong>Federal</strong> interpôs recurso alegando que os cálculos<br />

embutiam aplicação de juros remuneratórios, mês a mês, durante todo o período<br />

d<strong>es</strong>de a ocorrência do expurgo até o fechamento das contas. Sustentou, com base<br />

em precedente do STJ, que os juros remuneratórios somente poderiam incidir uma<br />

vez, a saber, no mês da ocorrência do expurgo inflacionário. A turma recursal<br />

considerou prejudicado o argumento, porque a planilha de cálculos na qual a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!