17.04.2013 Views

boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

do CPC).<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os membros da Turma<br />

Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo<br />

dar parcial provimento ao recurso.<br />

54 - 2008.50.50.005025-4/01 ELCIO RODRIGUES ASSIS (ADVOGADO: HARLEY<br />

SANTANNA.) x CAIXA ECONOMICA FEDERAL (ADVOGADO: RODOLFO<br />

PRANDI CAMPAGNARO.).<br />

E M E N T A<br />

FGTS. JUROS PROGRESSIVOS. TRABALHADOR AVULSO. INEXISTÊNCIA DE<br />

DIREITO À PROGRESSIVIDADE.<br />

A sentença recorrida julgou improcedente o pedido de condenação da Caixa<br />

Econômica <strong>Federal</strong> a aplicar taxa progr<strong>es</strong>siva de juros sobre conta vinculada de<br />

FGTS, porque: (a) a última relação de emprego terminou mais de <strong>tr</strong>inta anos ant<strong>es</strong><br />

do ajuizamento da ação, <strong>es</strong>tando a pretensão atingida pela pr<strong>es</strong>crição; (b) a<br />

relação de <strong>tr</strong>abalho subseqüente não era abrangida pelas regras do FGTS<br />

progr<strong>es</strong>sivo. O autor interpôs recurso alegando que a sentença não analisou os<br />

depósitos em conta de FGTS referent<strong>es</strong> ao <strong>tr</strong>abalho avulso do recorrente.<br />

A Lei nº 5.107/66, que criou o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, previu a<br />

aplicação de juros progr<strong>es</strong>sivos para os optant<strong>es</strong> que permanec<strong>es</strong>sem na m<strong>es</strong>ma<br />

empr<strong>es</strong>a pelo período de tempo fixado no art. 4º da referida norma. A norma<br />

dispunha que a capitalização de juros dos depósitos deveria ser feita conforme a<br />

seguinte progr<strong>es</strong>são: 3% durante os dois primeiros anos de permanência na<br />

empr<strong>es</strong>a; 4% do terceiro ao quinto ano; 5% do sexto ao 10º ano; 6% do 11º em<br />

diante. No m<strong>es</strong>mo sentido, o art. 2º da Lei nº 5.705/71.<br />

Ap<strong>es</strong>ar de a Lei nº 5.480/68 ter assegurado aos <strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong> avulsos os direitos<br />

previstos na lei que instituiu o FGTS, e de o art. 7º, XXXIV, da Constituição <strong>Federal</strong><br />

prever a igualdade de direitos en<strong>tr</strong>e o <strong>tr</strong>abalhador com vínculo empregatício<br />

permanente e o <strong>tr</strong>abalhador avulso, não há como <strong>es</strong>tender a <strong>es</strong>ta classe de<br />

<strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong> a incidência da taxa progr<strong>es</strong>siva de juros, pelo fato de que a<br />

progr<strong>es</strong>são dos juros pr<strong>es</strong>supõe a permanência do <strong>tr</strong>abalhador na m<strong>es</strong>ma<br />

empr<strong>es</strong>a ao longo do tempo previsto. Os <strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong> avulsos pr<strong>es</strong>tam serviço a<br />

várias empr<strong>es</strong>as sem manter com elas vínculo de emprego ou relação de <strong>tr</strong>abalho<br />

<strong>es</strong>tável.<br />

A jurisprudência do TRF da 2ª Região é pacífica a r<strong>es</strong>peito da qu<strong>es</strong>tão. “Não<br />

obstante a CRFB/88 assegure igualdade de direitos ao avulso e ao <strong>tr</strong>abalhador<br />

com vínculo empregatício, considerando-se que a aplicação da taxa de juros<br />

progr<strong>es</strong>sivos pr<strong>es</strong>supõe que haja permanência do empregado na m<strong>es</strong>ma empr<strong>es</strong>a<br />

ao longo do tempo previsto, na forma d<strong>es</strong>crita nos incisos do art.2º, da Lei<br />

5.705/71, revela-se incabível a referida aplicação para os <strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong> avulsos. 3.<br />

Recurso de apelação conhecido e d<strong>es</strong>provido” (AC 420915 –Relator Juiz Marcelo<br />

Pereira – DJU 20/08/2008). “O <strong>tr</strong>abalhador avulso não tem direito à taxa<br />

progr<strong>es</strong>siva de juros, por não preencher um requisito indispensável à fruição do<br />

benefício, qual seja: <strong>tr</strong>abalho contínuo numa m<strong>es</strong>ma empr<strong>es</strong>a” (AC 103.770/ES,<br />

Relatora Liliane Roriz, DJU 11/05/2005). “Os <strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong> avulsos não têm e não<br />

tiveram, em qualquer momento, direito à taxa progr<strong>es</strong>siva de juros, no campo do<br />

FGTS, por falta de lei que a deferisse. A progr<strong>es</strong>sividade da taxa de juros sempre<br />

<strong>es</strong>teve ligada ao fato de o <strong>tr</strong>abalhador permanecer <strong>tr</strong>abalhando vários anos na<br />

m<strong>es</strong>ma empr<strong>es</strong>a, o que não é possível ocorrer com o <strong>tr</strong>abalhador avulso” (AC<br />

151.424/ES, Rel. Guilherme Couto, DJU 09/09/2002).<br />

Recurso improvido. O recorrente, embora sucumbente, <strong>es</strong>tá isento de custas e<br />

honorários advocatícios, por ser beneficiário da assistência judiciária gratuita.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os membros da Turma<br />

Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo<br />

negar provimento ao recurso.<br />

55 - 2007.50.50.011733-2/01 DALTON CESAR ARAUJO RIBEIRO (ADVOGADO:<br />

CLAUDIO DOS SANTOS, MARIANE AMANTINO CSASZAR.) x CAIXA<br />

ECONOMICA FEDERAL (ADVOGADO: CLEBER ALVES TUMOLI.).<br />

E M E N T A<br />

FGTS. JUROS PROGRESSIVOS. TRABALHADOR AVULSO. INEXISTÊNCIA DE<br />

DIREITO À PROGRESSIVIDADE.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!