boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal
boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal
boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
juros remuneratórios devem ser limitados à data de encerramento da conta.<br />
En<strong>tr</strong>etanto, o ônus de provar o encerramento da conta, fato extintivo do direito do<br />
autor aos juros remuneratórios, cabe à requerida. Não tendo a Caixa Econômica<br />
<strong>Federal</strong> comprovado o fato, os juros devem incidir até a data do fechamento dos<br />
cálculos. “Juros remuneratórios devidos apenas até a data do encerramento da<br />
conta de poupança, se não <strong>es</strong>tiver ativa quando da data do efetivo cumprimento,<br />
cabendo à Caixa tal comprovação” (TRF 1ª Região, Apelação Civel<br />
2007.38.11.002656-7, e-DJF1 17/12/2009).<br />
Recurso improvido. Condenação da recorrente em honorários advocatícios,<br />
arbi<strong>tr</strong>ados em dez por cento do valor da condenação.<br />
A C Ó R D Ã O<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os membros da Turma<br />
Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo<br />
negar provimento ao recurso.<br />
94 - 2008.50.50.009097-5/01 JOEL DA CRUZ (ADVOGADO: MARIA DA<br />
CONCEICAO SARLO BORTOLINI, MÁIRA DANCOS BARBOSA RIBEIRO,<br />
INGRID SILVA DE MONTEIRO, DOMINGOS PASCOAL FRAGA, van<strong>es</strong>sa ribeiro<br />
fogos.) x CAIXA ECONOMICA FEDERAL (ADVOGADO: LUCIANO PEREIRA<br />
CHAGAS.).<br />
E M E N T A<br />
CADERNETA DE POUPANÇA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. PLANO VERÃO.<br />
PLANO BRESSER. FALTA DE PROVA DE EXISTÊNCIA DE SALDO POSITIVO.<br />
A sentença julgou improcedente o pedido de r<strong>es</strong>sarcimento dos expurgos<br />
decorrent<strong>es</strong> do Plano Verão sobre a remuneração de caderneta de poupança,<br />
porque a data de aniversário da conta bancária caía na segunda quinzena do mês.<br />
O recorrente alegou que o único ex<strong>tr</strong>ato juntado aos autos, referente ao mês de<br />
abril/1990, não serve para comprovar a data de aniversário da conta nos m<strong>es</strong><strong>es</strong> de<br />
incidência dos Planos Br<strong>es</strong>ser e Verão.<br />
Qualquer discussão pertinente ao Plano Br<strong>es</strong>ser é impertinente, por ex<strong>tr</strong>apolar os<br />
limit<strong>es</strong> objetivos da lide, uma vez que o pedido deduzido na petição inicial não<br />
abrangeu aquela pretensão.<br />
Ex<strong>tr</strong>ato da caderneta de poupança referente ao mês de abril/1990 indica que a<br />
data de aniversário era fixada no dia 17, ou seja, na segunda quinzena do mês (fl.<br />
16). Não há ex<strong>tr</strong>atos que reflitam a situação da conta bancária em janeiro/1989. A<br />
Caixa Econômica <strong>Federal</strong> eximiu-se de exibir ex<strong>tr</strong>atos com relação ao período de<br />
1989 alegando justificadamente a inexistência de regis<strong>tr</strong>os contemporâneos, ou<br />
porque a conta <strong>es</strong>tava encerrada ou porque o saldo era nulo (fl. 17). Embora tenha<br />
o ônus de exibir ex<strong>tr</strong>atos de movimentação da caderneta de poupança, se o banco<br />
depositário nega a existência da conta ou de saldo positivo, e o autor não aponta<br />
nenhum indício material em sentido con<strong>tr</strong>ário (como o número da conta bancária),<br />
o juízo não pode exigir que a instituição bancária insista na procura de informaçõ<strong>es</strong><br />
de contas cuja existência não se tem certeza.<br />
Não havendo comprovação da existência de saldo positivo na conta bancária na<br />
época em que o prejuízo teria ocorrido, é irrelevante discutir qual seria a data de<br />
aniversário da caderneta de poupança.<br />
Recurso improvido. O recorrente, embora sucumbente, <strong>es</strong>tá isento de custas e de<br />
honorários advocatícios por ser beneficiário da assistência judiciária gratuita.<br />
A C Ó R D Ã O<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os membros da Turma<br />
Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo<br />
negar provimento ao recurso.<br />
95 - 2008.50.50.009374-5/01 CAIXA ECONOMICA FEDERAL (ADVOGADO:<br />
LUCIANO PEREIRA CHAGAS.) x JOSE RAIMUNDO BUENO (ADVOGADO:<br />
PATRICIA PERTEL BROMONSCHENKEL.).<br />
E M E N T A<br />
CADERNETA DE POUPANÇA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. PLANO<br />
BRESSER. PRESCRIÇÃO. PLANO COLLOR I. JUROS REMUNERATÓRIOS.<br />
As açõ<strong>es</strong> de cobrança de diferenças de correção monetária de caderneta de<br />
poupança são açõ<strong>es</strong> p<strong>es</strong>soais, e, portanto, pr<strong>es</strong>creviam no prazo de vinte anos,<br />
nos termos do art. 177 do antigo Código Civil. O termo inicial do prazo de<br />
caducidade fixou-se no momento da aplicação defasada da correção monetária na<br />
conta de caderneta de poupança, ou seja, em julho/1987. Como a ação somente