17.04.2013 Views

boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.144 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo<br />

negar provimento ao recurso.<br />

77 - 2007.50.50.002367-2/01 CLAUDIO PEREIRA (ADVOGADO: ROGERIO<br />

SIMOES ALVES, HELTON TEIXEIRA RAMOS.) x CAIXA ECONOMICA FEDERAL<br />

(ADVOGADO: CLEBER ALVES TUMOLI.).<br />

E M E N T A<br />

FGTS. JUROS PROGRESSIVOS. TRABALHADOR AVULSO. INEXISTÊNCIA DE<br />

DIREITO À PROGRESSIVIDADE.<br />

A Lei nº 5.107/66, que criou o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, previu a<br />

aplicação de juros progr<strong>es</strong>sivos para os optant<strong>es</strong> que permanec<strong>es</strong>sem na m<strong>es</strong>ma<br />

empr<strong>es</strong>a pelo período de tempo fixado no art. 4º da referida norma. A norma<br />

dispunha que a capitalização de juros dos depósitos deveria ser feita conforme a<br />

seguinte progr<strong>es</strong>são: 3% durante os dois primeiros anos de permanência na<br />

empr<strong>es</strong>a; 4% do terceiro ao quinto ano; 5% do sexto ao 10º ano; 6% do 11º em<br />

diante. No m<strong>es</strong>mo sentido, o art. 2º da Lei nº 5.705/71.<br />

Ap<strong>es</strong>ar de a Lei nº 5.480/68 ter assegurado aos <strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong> avulsos os direitos<br />

previstos na lei que instituiu o FGTS, não há como <strong>es</strong>tender a <strong>es</strong>ta classe de<br />

<strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong> a incidência da taxa progr<strong>es</strong>siva de juros ali prevista, pelo simpl<strong>es</strong><br />

fato de que a progr<strong>es</strong>são dos juros pr<strong>es</strong>supõe a permanência do <strong>tr</strong>abalhador na<br />

m<strong>es</strong>ma empr<strong>es</strong>a ao longo do tempo previsto. Os <strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong> avulsos pr<strong>es</strong>tam<br />

serviço a várias empr<strong>es</strong>as sem manter com elas vínculo de emprego ou relação de<br />

<strong>tr</strong>abalho <strong>es</strong>tável.<br />

A jurisprudência do TRF da 2ª Região é pacífica a r<strong>es</strong>peito da qu<strong>es</strong>tão. “Não<br />

obstante a CRFB/88 assegure igualdade de direitos ao avulso e ao <strong>tr</strong>abalhador<br />

com vínculo empregatício, considerando-se que a aplicação da taxa de juros<br />

progr<strong>es</strong>sivos pr<strong>es</strong>supõe que haja permanência do empregado na m<strong>es</strong>ma empr<strong>es</strong>a<br />

ao longo do tempo previsto, na forma d<strong>es</strong>crita nos incisos do art.2º, da Lei<br />

5.705/71, revela-se incabível a referida aplicação para os <strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong> avulsos. 3.<br />

Recurso de apelação conhecido e d<strong>es</strong>provido. (AC 420915 –Relator Juiz Marcelo<br />

Pereira – DJU 20/08/2008). “O <strong>tr</strong>abalhador avulso não tem direito à taxa<br />

progr<strong>es</strong>siva de juros, por não preencher um requisito indispensável à fruição do<br />

benefício, qual seja: <strong>tr</strong>abalho contínuo numa m<strong>es</strong>ma empr<strong>es</strong>a” (AC 103.770/ES,<br />

Relatora Liliane Roriz, DJU 11/05/2005). “Os <strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong> avulsos não têm e não<br />

tiveram, em qualquer momento, direito à taxa progr<strong>es</strong>siva de juros, no campo do<br />

FGTS, por falta de lei que a deferisse. A progr<strong>es</strong>sividade da taxa de juros sempre<br />

<strong>es</strong>teve ligada ao fato de o <strong>tr</strong>abalhador permanecer <strong>tr</strong>abalhando vários anos na<br />

m<strong>es</strong>ma empr<strong>es</strong>a, o que não é possível ocorrer com o <strong>tr</strong>abalhador avulso” (AC<br />

151.424/ES, Rel. Guilherme Couto, DJU 09/09/2002).<br />

Recurso improvido. O recorrente, embora sucumbente, <strong>es</strong>tá isento de custas e<br />

honorários advocatícios, por ser beneficiário da assistência judiciária gratuita.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os membros da Turma<br />

Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo<br />

negar provimento ao recurso.<br />

78 - 2007.50.50.004213-7/01 CAIXA ECONOMICA FEDERAL (ADVOGADO:<br />

RODRIGO SALES DOS SANTOS.) x ODETTI LOURENCO DA SILVA<br />

(ADVOGADO: ANDREIA DADALTO LIMA, JULIANA SANTANA PALOMÉ.).<br />

E M E N T A<br />

CADERNETA DE POUPANÇA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. JUROS<br />

REMUNERATÓRIOS COMPUTADOS DURANTE TODO O PERÍODO DE<br />

CÁLCULO. FALTA DE PROVA DO ENCERRAMENTO DA CONTA. FATO<br />

EXTINTIVO DO DIREITO. ÔNUS DA INSTITUIÇÃO BANCÁRIA.<br />

Em diligência aberta no Proc<strong>es</strong>so nº 2007.50.50.003381-1/01, a Contadoria<br />

confirmou que os coeficient<strong>es</strong> indicados na tabela de correção monetária<br />

<strong>es</strong>pecífica para cálculos de poupança (tabela de poupança integral) embutem juros<br />

remuneratórios de 0,5% ao mês. Assim, os juros remuneratórios implicitamente<br />

incidiram durante todo o período d<strong>es</strong>de a execução dos planos econômicos até a<br />

data de fechamento da elaboração dos cálculos.<br />

Os expurgos nos índic<strong>es</strong> de correção monetária reduziram indevidamente a base<br />

de cálculo sobre a qual incidiram os juros remuneratórios em todos os m<strong>es</strong><strong>es</strong><br />

subseqüent<strong>es</strong>. Por isso, os juros remuneratórios não podem ser inseridos nos<br />

cálculos de liquidação somente no mês do expurgo inflacionário, como quer a<br />

recorrente. Por ou<strong>tr</strong>o lado, os juros remuneratórios, por terem natureza con<strong>tr</strong>atual,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!