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Weekend 1197 : Plano 56 : 1 : P.gina 1- - Económico

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18 <strong>Económico</strong> — <strong>Weekend</strong> Sábado 19 Dezembro 2009<br />

DESTAQUE OPADACSNÀCIMPOR<br />

Brasil é um mercado<br />

cada vez mais<br />

importante para a Cimpor<br />

Entre Janeiro e Setembro, a cimenteira vendeu mais de 3,3 mil toneladas de cimento<br />

no Brasil, mais 200 mil do que em Portugal. O Brasil representa já 19,5% da facturação.<br />

Hugo Real<br />

hugo.real@economico.pt<br />

A posição de relevo da Cimpor<br />

nomercadobrasileiroéum<br />

dos principais atractivos para<br />

a Companhia Siderúrgica Nacional<br />

(CSN), que está a iniciar-se<br />

no negócio de produção<br />

de cimento.<br />

A empresa portuguesa, uma<br />

das dez maiores cimenteiras<br />

mundiais em valor de mercado,<br />

éjáaterceiramaiorcimenteiraa<br />

actuar no Brasil, em termos de<br />

vendas, e a quarta em capacidade<br />

de produção. Uma posição<br />

muito importante, numa altura<br />

em que o Brasil está a arrancar<br />

com as obras para o Mundial de<br />

Futebol de 2014 e os Jogos<br />

Olímpicos de 2016, eventos que<br />

vão necessitar de muitas construções.<br />

Logo, de muitos milhões<br />

de toneladas de cimento.<br />

OBrasiléjáresponsávelpor<br />

19,5% da facturação total da<br />

Cimpor que, entre Janeiro e Setembro,<br />

foi de 1.575 milhões de<br />

euros, e por quase 20% do total<br />

de produção da empresa portuguesa,<br />

ao garantir 6,4 milhões de<br />

toneladas por ano. No Brasil, a<br />

Cimpor controla seis fábricas de<br />

cimento, duas moagens e 32 centrais<br />

de betão. Além disso, a empresa<br />

liderada por Manuel Simões<br />

Bayão Horta é ainda responsável<br />

por uma unidade de exploração<br />

de agregados e por duas unidades<br />

fabris de argamassas secas.<br />

Em termos globais, a Cimpor<br />

tem uma capacidade instalada<br />

de 33,5 milhões de toneladas de<br />

produção anual de cimento, um<br />

valor que pode subir até aos 36<br />

milhões de toneladas, se às fábricas<br />

da empresa portuguesa se<br />

juntar a unidade de produção da<br />

CSN no Brasil. De acordo com a<br />

siderúrgica, em 2011, esta fábrica<br />

deverá estar a produzir 2,5<br />

milhões de toneladas de cimento<br />

ao ano. Actualmente, a Cim-<br />

CRONOLOGIA DA EMPRESA<br />

1976<br />

Constituição da Cimpor - Cimentos<br />

de Portugal. Quinze anos depois,<br />

em 1991, a empresa constitui-se<br />

como sociedade anónima.<br />

No ano seguinte, a Cimpor<br />

dá início ao processo de<br />

internacionalização, com<br />

a compra da empresa espanhola<br />

Corporación Noroeste.<br />

MAIORES PRODUTORES<br />

MUNDIAIS DE CIMENTO<br />

China 1300<br />

Índia 160<br />

EUA 96<br />

Japão 70<br />

Rússia 59<br />

Coreia do Norte 55<br />

Espanha 50<br />

Turquia 48<br />

Itália 44<br />

México 41<br />

Brasil 40<br />

Tailândia 40<br />

Indonésia 35<br />

Alemanha 34<br />

Irão 34<br />

Vietname 32<br />

Egipto 29<br />

Árabia Saudita 28<br />

França 21<br />

Total Mundial<br />

Nota: Valores de 2007<br />

2500<br />

Arranque do processo<br />

de privatização,<br />

com a<br />

alienação de<br />

20% do capital.<br />

Compra de 51%<br />

da empresa<br />

Cimentos de<br />

Moçambique.<br />

por está também a projectar<br />

uma fábrica no Peru, uma unidade<br />

que irá reforçar a produção<br />

na América Latina.<br />

Além de uma forte presença<br />

no mercado brasileiro, a aquisição<br />

da Cimpor permitiria à CSN<br />

afirmar-se como uma maiores<br />

cimenteiras mundiais e com negócios<br />

espalhados por todo o<br />

mundo, para além de resolver os<br />

problemas de tratamento dos<br />

resíduos provenientes da sua<br />

actividade siderúrgica. Isto porque<br />

a Cimpor marca já presença<br />

em 13 países, espalhados por<br />

quatro continentes (Europa,<br />

África, Ásia e América). Os<br />

mercados internacionais são já<br />

responsáveis por 78% do volume<br />

de negócios da empresa<br />

portuguesa.<br />

Depois de Portugal e Brasil, a<br />

Espanha surge como o terceiro<br />

maior mercado para a cimenteira<br />

nacional. Depois da aquisição<br />

da Corporación Noroeste, em<br />

1992, a Cimpor continuou a investir<br />

no país vizinho, que hoje<br />

é já responsável por 16% do volume<br />

de negócios da empresa<br />

garantindo uma produção de 3,2<br />

milhões de toneladas por ano.<br />

Entretanto, a Cimpor partiu<br />

para o Norte de África (Egipto,<br />

Marrocos e Tunísia), um mercado<br />

que tem vindo a ganhar relevo,<br />

garantindo já mais de 19% do<br />

volume de negócios do grupo.<br />

A posição da empresa em<br />

África estende-se também a<br />

Moçambique e Cabo Verde,<br />

onde é líder de mercado. África<br />

do Sul é outro importante mercado<br />

para a cimenteira, com o<br />

país a ser responsável por 7,3%<br />

das receitas da empresa.<br />

O Oriente é a aposta mais recente<br />

da Cimpor que, ainda no<br />

ano passado, comprou uma empresa<br />

na Índia. As operações na<br />

Turquia, Índia e China são já<br />

responsáveis por 11,6% do volume<br />

de vendas da cimenteira. ■<br />

LÍDERES MUNDIAIS<br />

1º<br />

Lafarge é accionista da Cimpor<br />

e líder mundial nos cimentos<br />

A Lafarge é a líder mundial na<br />

produção de cimento. A empresa<br />

francesa, que é também<br />

accionista de referência da<br />

Cimpor, com uma posição de<br />

17,3%, está presente em 79 países<br />

e conta com 84 mil funcionários.<br />

Entre Janeiro e Setembro, a<br />

empresa vendeu mais 215 mil<br />

toneladas de cimento.<br />

2º<br />

Holcim com vendas próximas<br />

das 100 milhões de toneladas<br />

A Holcim fechou os primeiros<br />

nove meses do ano com uma<br />

facturação total de 15,8 mil<br />

milhões de euros, uma quebra de<br />

18,4%. Em resposta à crise, a<br />

empresa suíça diminuiu a<br />

capacidade de produção de<br />

cimento em dez milhões de<br />

toneladas. Ainda assim, vendeu<br />

99 milhões entre Janeiro e<br />

Setembro.<br />

3º<br />

Vendas da cimenteira<br />

de Carlos Slim caem 19%<br />

TalcomoaLafargeeaHolcim,a<br />

Cemex, a empresa do milionário<br />

mexicano Carlos Slim, viu as suas<br />

vendas de cimento diminuírem<br />

em 2009. Entre Janeiro e<br />

Setembro, a empresa colocou no<br />

mercado 49,6 milhões de<br />

toneladas, uma quebra de 19%.<br />

Neste período, a empresa<br />

facturou 12 mil milhões de<br />

dólares, um recuo de 31%.<br />

1994 1996 1999 2001<br />

Segunda fase de privatização, com alienação<br />

de 45% do capital. O processo de<br />

internacionalização continua, com a<br />

aquisição de 45% da cimenteira marroquina<br />

Asment de Témara. O ano seguinte<br />

fica marcado pela entrada no Brasil,<br />

com a compra da Cisafra e do negócio<br />

de cimento do grupo Serrana. Criação<br />

da Sociedade de Cimentos do Brasil.<br />

Cimpor reforça posição no mercado<br />

brasileiro, com a aquisição do grupo<br />

Brennand, da companhia de<br />

cimentos de Goiás, da Companhia<br />

de Cimento de Atol e da Companhia<br />

de Cimento Portland, na África do<br />

Sul. No ano seguinte a empresa<br />

avança com a compra de uma<br />

cimenteira no Egipto.<br />

Última fase do<br />

processo de privatizaçãodaCimpor,<br />

com o Estado<br />

à vender à Teixeira<br />

Duarte a posição<br />

de 10,05%<br />

que detinha na<br />

cimenteira.

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