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Weekend 1197 : Plano 56 : 1 : P.gina 1- - Económico

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REN ganha acção contra a Galp<br />

A REN ganhou o braço de ferro que mantinha com a Galp relativo<br />

ao ajustamento do preço dos activos regulados do sector do gás<br />

natural, adquiridos à petrolífera em 2006. Em causa estavam cerca<br />

de 40,6 milhões de euros, acrescidos de 4,6 milhões de euros que<br />

a REN sempre alegou que não tinha de os pagar. O Tribunal Arbitral<br />

veio agora julgar totalmente improcedente a acção movida pela Galp .<br />

O acórdão arbitral não é passível de recurso.<br />

A Galp, que é liderada por Ferreira do<br />

Amaral (à direita) e tem como accionista<br />

Américo Amorim (à esquerda) vai avançar<br />

com o maior projecto industrial<br />

dos últimos dez anos.<br />

a Repsol e La Seda continuam no papel<br />

Novas fábricas<br />

da Repsol, em Sines,<br />

já deviam estar em<br />

fase de construção<br />

há mais de um ano.<br />

Mas continuam<br />

paradas e sem data<br />

prevista de arranque.<br />

lizar a futura fábrica de baterias<br />

para carros eléctricos , um dos<br />

pilares estratégicos do projectopiloto<br />

que visa à criação de uma<br />

rede de abastecimento para este<br />

tipo de veículos. A par do Reino<br />

Unido, Portugal é um dos dois<br />

pólos mundiais seleccionados<br />

pela Renault-Nissan para a instalação<br />

de unidades de baterias<br />

de iões de lítio destinadas ao<br />

abastecimento dos futuros carros<br />

eléctricos.<br />

A nova fábrica exige um investimento<br />

de 250 milhões de<br />

euros e deverá criar 200 postos<br />

de trabalho, estando o seu arranque<br />

previsto para 2012.<br />

Também a Repsol tem em<br />

vista novos projectos de investimentoparaocomplexopetroquímico<br />

de Sines, avaliados em<br />

mil milhões de euros. Estes projectos<br />

já deveriam estar em fase<br />

de construção, mas continuam<br />

sem data para arrancar. As novas<br />

fábricas estão, assim, com<br />

mais de um ano de atraso, justificando<br />

a petrolífera este atraso<br />

pela inversão da conjuntura<br />

económica. As terraplanagens,<br />

os únicos trabalhos visíveis no<br />

terreno, têm já largos meses.<br />

Integrados nos investimentos<br />

da petrolífera espanhola para<br />

2008-2012, Sines continua, porém,<br />

a figurar na lista dos 10<br />

projectos estratégicos.<br />

Sábado 19 Dezembro 2009 <strong>Weekend</strong> — <strong>Económico</strong> 39<br />

João Paulo Dias<br />

Outra obra, programada para<br />

Sines, está igualmente sem<br />

rumo definido. A construção da<br />

futura fábrica da La Seda Barcelona<br />

pararam em Setembro por<br />

falta de pagamento às empresas<br />

que estão no terreno, entre as<br />

quais a Martifer, Somague e Engiarte.<br />

Depois de várias ameaças,<br />

os noruegueses da AKER, o<br />

grupo de engenharia que supervisiona<br />

o projecto industrial,<br />

avançou com um pedido de suspensão<br />

dos trabalhos. Em causa<br />

estão sucessivos atrasos de financiamento<br />

por parte da CGD,<br />

líder do consórcio bancário responsável<br />

pelo ‘project finance’<br />

de 320 milhões de euros. ■<br />

TRÊS PERGUNTAS A...<br />

EDUARDO CATROGA<br />

Economista<br />

“Estamos a abusar<br />

das parcerias público<br />

privadas”<br />

Todos os incentivos públicos<br />

deviam ser orientados para os<br />

sectores de bens de exportação,<br />

defende o economista Eduardo<br />

Catroga, que acrescenta que o<br />

que está em causa é qualidade<br />

e não a quantidade<br />

dos investimentos.<br />

O que é necessário para captar<br />

investimentos industriais para<br />

Portugal?<br />

O investimento dirigido à indústria<br />

depende das condições de<br />

atractividade criadas no País, em<br />

comparação com os países com<br />

quem concorremos. Tudo isto<br />

radica na qualidade dos factores<br />

que influenciam a competividade e<br />

a produtividade da economia<br />

portuguesa. Enquadrado num<br />

ambiente social e económico amigo<br />

do investimento. São essas as<br />

condições estruturantes. Não basta<br />

fazermos investimentos. É preciso<br />

que tenham qualidade, que criem<br />

valor. Não é tanto a quantidade<br />

de investimento, mas sim<br />

a sua qualidade.<br />

No seu entender, que<br />

incentivos devemos ter?<br />

Há incentivos fiscais e financeiros<br />

e há orientações políticas que<br />

acabam por interferir na qualidade<br />

e afectação dos recursos na<br />

economia. No fundo, para atrairmos<br />

mais investimentos, tipo Galp ou<br />

Siemens, temos que privilegiar<br />

esses sectores. A estrutura de<br />

incentivos tem estado errada.<br />

Num contexto financeiro difícil<br />

que vivemos, orienta-se a banca<br />

para investir em grandes Parcerias<br />

Público Privadas, em que o risco<br />

é todo do Estado. A banca prefere<br />

esse investimento sem risco,<br />

do que emprestar às empresas,<br />

que estão em concorrência.<br />

E no seu entender, não é<br />

prioritário?<br />

Todos os incentivos e estímulos<br />

deviam ser para os sectores<br />

de bens transaccionáveis (que<br />

se podem exportar). Estamos<br />

a abusar das PPP, desde<br />

as concessões rodoviárias,<br />

ferroviárias, hospitais, etc). ■

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