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Weekend 1197 : Plano 56 : 1 : P.gina 1- - Económico

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Activos de fundos imobiliários crescem 1,5%<br />

Os números ontem divulgados pela Associação Portuguesa de Fundos<br />

de Investimento, Pensões e Património (APFIPP) revelam que no mês de<br />

Novembro os activos dos fundos de investimento imobiliários cresceram<br />

1,5%, face ao mês anterior. No total, a indústria de fundos imobiliários<br />

gere 11,3 mil milhões de euros. Contas feitas, desde o início do ano,<br />

o património destes fundos já cresceu 6,2%. Recorde-se que existem<br />

243 fundos imobiliários portugueses em actividade.<br />

Paula Nunes<br />

A Privado Holding apoia-se num<br />

documento da Deloitte que<br />

defende interesse do Estado<br />

em aceitar proposta do grupo.<br />

Maria Teixeira Alves<br />

maria.alves@economico.pt<br />

A Privado Holding e a Orey Antunes<br />

continuam a debater-se<br />

para salvar o Banco Privado da<br />

falência. Embora esse pareça ser<br />

cada vez mais o inevitável destino<br />

da instituição, após a constituição<br />

do Fundo de Investimento<br />

Especial que está a ser patrocinado<br />

pelo Governo e pelas entidades<br />

reguladoras. Com esse<br />

objectivo, Privado e Orey estão<br />

já na posse de uma avaliação aos<br />

activos que contra-garantem o<br />

aval que o Estado deu ao empréstimo<br />

bancário de 450 milhões<br />

de euros, em que é demonstrado<br />

que esses activos valem<br />

menos do que o valor do<br />

empréstimo. Os activos do BPP<br />

que servem de garantia, caso o<br />

Estado tenha de exercer o aval,<br />

sãocompostosporcercade400<br />

milhões de euros de descobertos<br />

bancários (clientes do BPP que<br />

têm a conta a negativo). Desses<br />

cerca de 180 milhões são da Privado<br />

Holding, que está praticamente<br />

falida. Dos restantes,<br />

uma boa parte são descobertos<br />

não autorizados, onde a probabilidade<br />

de serem pagos é baixa.<br />

Na lista de activos para contra-garantir<br />

um empréstimo<br />

que vence no fim deste ano estão<br />

ainda créditos concedidos a<br />

clientes do retorno absoluto,<br />

avaliados inicialmente em 170<br />

milhões. Esses créditos estão<br />

colaterizados por títulos (acções<br />

e obrigações) que hoje valem<br />

mais do que há um ano atrás.<br />

Mas a questão põe-se se, num<br />

cenário de falência, o Estado<br />

conseguirá recuperar a totalidade<br />

dos créditos, já que a proposta<br />

de viabilização da Orey tende<br />

a calcular que apenas 30% desse<br />

montante será recuperado. Em<br />

termos de activos reais para<br />

contra-garantir o aval, sobram<br />

cerca de 60 milhões em títulos;<br />

12 milhões em imóveis; dez milhões<br />

em obras de arte e 28 milhões<br />

em dinheiro.<br />

A proposta da Orey consiste<br />

numa substituição das actuais<br />

contra-garantias ao aval que o<br />

Estado deu ao empréstimo de<br />

450 milhões de euros. Esse plano<br />

consiste na transformação<br />

Sábado 19 Dezembro 2009 <strong>Weekend</strong> — <strong>Económico</strong> 45<br />

Deloitte ajuda<br />

proposta da Orey<br />

para o banco<br />

desse empréstimo em obrigações<br />

subscritas pelos bancos e<br />

com uma ‘put’ (opção de venda)<br />

sobre o Estado, em vez do aval.<br />

O empréstimo teria assim um<br />

novo colateral: obrigações de<br />

valor idêntico ao empréstimo:<br />

450 milhões. Mas o Estado não<br />

se mostrou receptivo a essa solução.<br />

Porque considera que o<br />

valor actual das contra-garantias<br />

actuais ronda 710 milhões<br />

de euros, valor que é posto em<br />

causa pela Privado Holding/Orey.<br />

A proposta da Orey deverá ser<br />

conhecida em detalhe na próxima<br />

semana. Fonte ligada ao processo<br />

garante que este plano é o<br />

que melhor defende todas as<br />

partes envolvidas: os clientes,<br />

porque lhes paga já 100 mil euros,<br />

ou 25% do património aplicado,<br />

ficando o restante para<br />

pagar ao longo de cinco anos.<br />

Para o Estado que recupera integralmente<br />

o valor do aval, na<br />

maturidade das obrigações (só<br />

em caso de ‘default’ é que isso<br />

não ocorreria) e para os bancos<br />

porque evita quer o accionamento<br />

do Fundo Garantia de<br />

Depósitos, quer do SII. ■<br />

PONTOS FORTES<br />

● A Orey propõe-se pagar já 100<br />

mil euros a cada cliente ou 25%<br />

do património aplicado, para<br />

os maiores clientes. O resto<br />

ao longo de cinco anos.<br />

● A Orey propõe transformar<br />

o empréstimo de 450 milhões<br />

de euros numa emissão de<br />

obrigações BPP a subscrever<br />

pelos bancos, com uma opção<br />

de venda ao Estado em caso<br />

de ‘default’.<br />

● ApropostadaOreyevitao<br />

accionamento do FGD e do SII. A<br />

Orey propõe-se a investir cerca<br />

de 100 milhões de euros<br />

no capital do BPP, o que permite<br />

resolver parte da insuficiência<br />

de capitais do banco.

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