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Weekend 1197 : Plano 56 : 1 : P.gina 1- - Económico

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Banco de Portugal<br />

Indicadores de conjuntura apontam<br />

para melhoria da actividade económica<br />

A economia portuguesa continua<br />

a dar sinais que apontam<br />

para uma recuperação lenta mas<br />

sustentada. Depois de o Instituto<br />

Nacional de Estatística (INE)<br />

ter confirmado que a melhoria<br />

do investimento impulsionou o<br />

PIB no segundo trimestre, foi a<br />

vez do Banco de Portugal revelar<br />

que o indicador coincidente<br />

para a actividade económica<br />

saiu finalmente do vermelho no<br />

mês de Novembro.<br />

O indicador já estava a melhorar<br />

desde Abril mas desta vez<br />

chegou finalmente ao nível atingido<br />

no mês homólogo. Apesar<br />

disso, os indicadores de confiança<br />

de vários indústrias e serviços<br />

mantiveram-se longe do<br />

INDICADOR DE ACTIVIDADE<br />

O indicador coincidente tem<br />

vindo a recuperar depois de ter<br />

atingido mínimos em meados<br />

do corrente ano.<br />

0,00<br />

-1,75<br />

-3,50<br />

Nov 08<br />

Fonte: BdP<br />

Nov 09<br />

O Presidente Cavaco Silva esteve ontem em Torres Vedras.<br />

O Presidente da República, Cavaco<br />

Silva, garantiu ontem a sua independência<br />

na análise dos diplomas,<br />

quer se tratem de propostas<br />

do Governo ou da Assembleia<br />

da República. À margem de<br />

uma visita à Associação para a<br />

Educação de Crianças Inadaptadas,<br />

em Torres Vedras, Cavaco foi<br />

interrogadosobresehátratamento<br />

diferente entre os diplomas<br />

que chegam a Belém vindos<br />

da oposição e os que vêm do Governo,<br />

Cavaco Silva assegurou<br />

registado no final do ano passado,<br />

tal como as perspectivas de<br />

procura dirigidas à indústria<br />

transformadora (menos 50% do<br />

que no período homólogo).<br />

A subir continua também o<br />

consumo privado. Segundo o<br />

Banco de Portugal, o indicador<br />

coincidente cresceu 1,7%, acelerando<br />

relativamente aos 1,2%<br />

do mês anterior. E acumula já<br />

sete melhorias consecutivas,<br />

revelandoqueaescaladadodesemprego<br />

não teve um impacto<br />

directamente proporcional nas<br />

despesas das famílias.<br />

A explicação é tripla: o rendimento<br />

disponível continua<br />

robusto devido às actualizações<br />

salariais negociadas no ano passado,<br />

a inflação está contida (-<br />

0,8% em Novembro, apesar de<br />

já estar a ganhar terreno) e a<br />

confiança dos consumidores<br />

começa a reanimar à medida<br />

que as notícias se tornam progressivamente<br />

menos negativas.<br />

Os economistas, contudo,<br />

têm vindo a avisar que o consumo<br />

não tem muito mais margem<br />

para crescer.<br />

Deprimido continua o sector<br />

automóvel, um dos mais afectados<br />

pela crise. Segundo o<br />

BancodePortugal,ovolumede<br />

negócios no ramo dos veículos<br />

pesados, por exemplo, está cerca<br />

de 60% mais curto do que no<br />

período homólogo. Ainda assim,<br />

o investimento começa a<br />

melhorar, o que aponta para<br />

uma recuperação da produção a<br />

médio prazo. ■<br />

Presidência da República<br />

Cavaco garante independência na análise dos diplomas<br />

nunca ser influenciado nas suas<br />

decisões por este factor. “É [preciso]<br />

não [me] conhecer para<br />

ima<strong>gina</strong>r que eu posso ser influenciado<br />

nas minhas decisões<br />

relativamente a diplomas, consoante<br />

eles são originários do Governo<br />

ou da Assembleia da República,<br />

se eles são aprovados por<br />

este ou por aquele partido”, exclamou<br />

o chefe de Estado. Os critérios,<br />

acrescentou, são “sempre<br />

os mesmos” e têm em linha de<br />

conta “o interesse nacional”.<br />

Interrogado sobre os apelos<br />

para uma intervenção sua caso o<br />

ambiente de conflito entre Governo<br />

e oposição continuar, Cavaco<br />

Silva apenas disse que<br />

acompanhade“muitoperto”a<br />

situação do país nos mais variados<br />

domínios, mas recusou deixar-se<br />

“arrastar” para “combates de natureza<br />

político-partidária”. Sem<br />

comentário ficou o facto de o Governo<br />

ter aprovado o diploma que<br />

vai permitir o casamento entre<br />

duas pessoas do mesmo sexo. ■<br />

Sábado 19 Dezembro 2009 <strong>Weekend</strong> — <strong>Económico</strong> 33<br />

Simon Kwong/ Reuters<br />

O DESCERRAR DA BANDEIRA PORTUGUESA EM MACAU<br />

Desde que deixou de ser território português, há dez<br />

anos, que Macau recebeu pouco mais de mil milhões<br />

de euros de investimento português, um valor que a<br />

AICEP considera simbólico.<br />

João Paulo Dias<br />

PUB<br />

Media<br />

Liberdade<br />

de expressão<br />

em causa<br />

O Sindicato de Jornalistas e a<br />

Confederação de Meios já se<br />

pronunciaram contra a criação<br />

de um organismo com poderes<br />

disciplinares efectivos sobre os<br />

jornalistas. A proposta do presidente<br />

do Supremo Tribunal<br />

de Justiça (STJ), Noronha Nascimento,<br />

é considerada pelo<br />

Sindicato “uma verdadeira<br />

caça aos mensageiros da desgraça”,<br />

acrescentando ainda<br />

que já existem “leis suficientes”<br />

e “órgãos bastantes para<br />

escrutinar e eventualmente<br />

sancionar os jornalistas”. A<br />

Confederação de Meios, que<br />

representa mais de 600 empresas<br />

de media em Portugal, avisou<br />

ainda que a criação de tal<br />

órgão pode constituir “uma<br />

ameaça à liberdade de expressão”<br />

e como tal anunciou que ia<br />

pedir uma audiência com carácter<br />

de urgência a Noronha<br />

Nascimento para obter explicações<br />

sobre o caso. As reacções<br />

surgem depois da tomada de<br />

posse do presidente do STJ,<br />

pelo segundo mandato consecutivo,<br />

onde Noronha Nascimento<br />

afirmou que muitos dos<br />

actuais problemas da justiça<br />

advém da postura da comunicação<br />

social. “Para violações<br />

estatutárias só conheço um antídoto<br />

eficaz. Um órgão com<br />

poderes disciplinares efectivos,<br />

composto paritariamente por<br />

representantes da classe profissional<br />

e da estrutura política<br />

do Estado”, afirmou. ■

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