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S4 Sermam da
Sc queres íer amado, ama. naõ podeis deixar de fera»
Naõ diffe mais o Filoíofo; mado: Quomodo enim fi velis
ôc neftas duas palavras com- te ipfum alteri alli gari , non
prehendéo teda a Filofofia aliterpoteris,nifi ipfumquoque
do amor. Amar , Ôc fer ama- tibi ipfiafliges. Affim fe unío,
do, faõ relaçoens mutuas, ôc ôc atou Jonatas a David, ôc
riciprocas , que pofta , ou David logo_ficou unido, ôç
fuppofto huma , logo natu­ atado com Jonatas. Os mefralmente
refulta a outra. E mos termos, com que o con­
aflim como o amar fó com ta a Efcritura declaraõ o a*
amor fe conquifta, aííim naõ mor, ôc mais a comparação:
ha amor taõ forte, ou taõ Anima Jonatha conglütinata, R ?
fortificado, que íe naõ renda eft anima David. Naõ diz*^.
a outro amor. Vamos aos que Jonatas amou a David,
Santos Padres.
& David a Jonatas, fenaó, q
a Alma de Jonatas íe grudou
§. V.
com a Alma de David. Porque
aflim como huma taboa
84 Saõ Joaõ Chryfof* fe naõ pôde grudar com ou»
tomo fem allegar a Hecaton tra, fem que ambas fiquem
ftambem Grego)diffe como unidas, affim huma Alma,
própria a fua mefma propo- naõ pôde amar outra Alma >
fiçaõ: Si vis amari, ama. Mas fem que ambas fe amem. O
provou o que elle naõ tinha valor de David movéo a Al»
provado com a natureza do ma de Jonatas a que o amaf-
mefmo amor. O amor effenfe,ôc o amor de Jonatas obricialmente
he uniaõ , Ôc a gou a Alma de David a que
uniaõ naõ pôde unir hum o correfpondeffe. Jonatas
extremo, fem que una tam- naõ amado , amou í mas Da>
bem o outro. Por vetura fe vid depois de amado naõ
vos atares a hum homem, pôde deixar de amar. O pri­
pôde elle deixar de ficar tãmeiro amor foy livre, o febem
atado comvofco ? Naõ. gundo neceffario. Finalmen­
Pois da mefma maneira (diz te conclue o mefmo S.Chry-
Çhryfoftomo) fe amaites , íoftomo , que a vontade de
cada