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Aptc,
ii.t.
Segunda Dominga da Quarefma. 105
Bem oadrvertiftes vòs,Águia tado no íeu extafi deu a to-
Divina , quando tomaftes dos os que fallaõ na Gloria :
por falva, que a Cidade, qwe Ego dixi in exceffu meo : Om*
deferevieis , era deícida do nis homo mendax.
Ceo à terra: Civitatem Je*
rufalem defcendentem de cielo, §.VI.
O ouro, os diam antes,as pérolas
, tudo he terra, ôc da 211 Dos Evangeliftas
terra. E como pôde o lu- paffemos aos Profeta s,ííaias,
ftrofo, ôc perciofo da terra que he o mayor de todos , ôc
informamos com verdade nefte põto he fingular entre
da bellezafobrenatural, ôc os demais , porque Vio a
fermofura ineftimavel da Deos no trono da Gioria,diz
Gloria ? He verdade , que S. affim: Afaculonon auákrunt, /p/.
Joaõ na idéa , que formou , neque auribus perceperunt, 64.4.
imaginou quanto fe podia qua praparafti expeãantibus
imaginar, ôc na defcripçaõ,
que fez, diffe quanto íe podia
dizer', mas como as coufas
da Gloria faõ taõ diverías
de tudo o que fe vè , ôc
taõ levantadas íobre tudo o
que fe imagina, por mais, ôc
mais que íe diga dellas,fem-
pre fe diz menos. E como o
te. Quer dizer: que as coufas,
que nos eíperaõ, & Deos
nos tem preparado na Gloria
, faõtaò altas, taõ íublimes,
ôc taõ fuperiores a ru»
do o de que nefte mundo f e
tem noticia, que aunca jà
mais chegarão aos ouvidos
dos homens. Que fejaõ as
dizer menos naFilofofiade coufas da Gloria mayores q
Ariftoteles, ôc na Theologia tudo o que viraõ os olhos, ôc
de Santo Thomás, he huma tudo o que pode inventar a
das eípecies da mentira,nin- imaginação, jà o moft ramos}
guero fe deve admirar, que mas que íejaõ também mano
fentido em que fallo, pa- yores que tudo o que ouvireça
que o mayor dos Evan- raõ os ouvidos, he couía pageliftasencorreffena
fua vi- ra mim muito difficuhoía.
íaõ aquella gloriofa cenfura, Que ha,ou que pôde haver 1
que David também arreba- que naõ tenhaõ ouvido 0%
N ij ou-