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Primeira Sexta feira da Quarefmf. 85
cada hum he a ley da vonta- o coração , fô o amor. He o
de alheya: Voluntas tibi fit coração humano taõ genelex
: porque fegundo cada rofo,que naõ íe rende, fenâõ
hum quizer , ou naõ quizer a feu iguahnem ha outro inamar,
áffim fera, ou naõ fera tercffe, força, ou arte,com q
amado. De forte que o amar fe poffa conquiftar, fenaõ a»
eu, he mandar, ôc obrigar a mando: Nulla maior ad amüque
me amem. O amor he o rem invitatio , quam amore
preceito, a correfpondencia pravenire. A palavra invita»
a obrigação : o amar impe- tio foa a invite, Stopraveni*
rio, o fer amado obedicn» rehc ganhar por maõ. Quem
cia, tomou a maõ em amar pri-
8ç Santo Aguftinho meiro, effe levou o refto ao
Cm menos palavras naõ diffe amor. A razaõ he (diz Aguf- C
menos. Nulla maior eft add» tinho) porque fe no mundo
morem invitatio quam amante ouver algum coração taõ du*
amore pravenire.Et nimisdü» ro, ôt duriflimo, que nem
rus eft animus, quifi diletfio» ame, nem queira amar, ne»
nem nokbat impendère, nolit nhum haverá taõ alheyo de
rependère* O mayor, ôc mais toda a humanidade ( ainda
certo motivo de fer amado, que feja effe mefmo) o qual
be anticipár o feu amor que depois de amado naõ queira?
quer alcançar o alheyo. To- refponder com amor: Et ni*
dos os outros motivos, por mis durus eft animus, qui fida»
mais fortes que pareçaõ, ôt leáionem nokbat impendère}
por mais ufâdos que fejaõ, nolit rependere, Notay muito
conquiftaõ vaidades,& eriga- aquelle nolebat, ôt efte nolit»
no; mas naõ verdadeiro a- Antes de o amarem poderá
mou A fermofura entrétem haver coração taõ duro, que
os olhos, as da vidas enchem naó ame, nem queira amar $
as rnaõs, a diferiçaõ üzôgéa mas depois de fe ver amado,
os envide* 1íos regaios fabo- ha de amar, Ôc querer amar 1
réaõogoiío, 0 poder, ôc a ainda que íiaõ quizeffe.
Mageftâde faz dobrar os jue- 8ó He tanto que affim
ÜJOÍÍJ mas fegeita r * : & render (para que èu também fizcffo
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