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Matulaio: _ _ 3 6 í
me: Se hum pay tivera dous dre: Generdtionem ejus quisffai.
filhos, hum livre na pátria, ôc enarrdbit 3 - pondera duas ref^.S.
outro cativo em Argel, ôc pa- foluçoês admiráveis do mefra
reígatar o cativo, déffe,ou mo Padre, ôc que de nenhum
Vendeffe o livre} naõ enten- pay fe podèraô crer em refderiamos
todos, que efte pay peito de feu filho. Por iffo
amava mais o filho cativo, q começa, dizendo , ôc como
o filho livre? Claro eílà. E duvidando fe haverá alguém,
íeefte} que chamamos filho, que lhe décredito: Quis cre» j^ rj
ham fora filho, fenam fervo} didit auditui noftro ? E que
nam faríamos ainda muito duas réfoluçoens foraõ eftas ?
mayor conceito doexceflivo A primeira , que para nosliamor
daquelle pay ? Pois vrar, tirou as noffas culpas
ifto he o que fez o Eterno Pa- de nòs, ôc as poz em feu Fidre
no dia da Encarniçam: lho : Pofuit Dominus in eo t
Ütfervum redimeres, Filium iniquitatem omnium noftrum:' 6 '
tradidifti. Eftava o homem a fegunda,que para nos jufti*
cativo pelo peccado: quilo ficar, tirou os merecimentos
reígatar o Eterno Padre: Ôc do Filho, ôc os poz em nòs :
que fez o feu amor Í «Vèndéo Pro eo quod laboravit anima , ,
0 Filho para reígatar o íer- ejus juftificabit ipfe juftus fir~ '
vo. Hoje vereis o Filho ven- vus meus muitos. Aflim foy
dido: à manhãa vereis o íer» huma, ôc outra coufa. Tirou
yorefgatadoé - o Eterno Padre as culpas de
1 383 Mais faz nefte cafo nòs, ôc polas em. íeu Filho ,
o Eterno Padre : ôc tanto porque nòs nam podíamos
mais, que bailava fó ameta- fatisfazer à divina Juftsça
de do que fez para todo o bõ por noffas culpas, ôc Chrifto
entendimento julgar, que a- foy o que tomandoas fobre
mou muito mais aos homês, fy, fatisfez por ellas. E tirou
que ao Filho. O Profeta os merecimentos de íeu Filfaias
no capitulo fincoenta lho, ôc poios em nòs, porque
ôc tres, em que prova a gera- Chrifto naõ mereceo para fy
çam ineffavel de Chrifto > em a graça, nem a gloria, nem
quanto Filho do Eterno Pa» nòs alcançámos, nem podiamos