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%it Sermaõ do
parar} porque he, fóy, ôc fe- nos afFectuofo ", ou menos
rá íempre amor perfeito , ôc amorofo, efte modo de amar
por iffo fempre o mefmo, ôc de Chrifto } porque aflim
fem. alteração , nem mudan­ como em Deos o fazer o bâm
ça. Ama Chrifto em quan­ fe chama amor effeclivo , ôc
to hoíDcim , como ama em o quereio fazer, amor affe*
quanto Deos. Perguntaõ os drivo } affim no amor de
Theologos , como ama Deos Chrifto os affeclos foraô a
a huns mais, ôc a outros me­ caufa dos effeitos, que verenos,
íe o feu amor, ( o qual fe mos , ôc os effeitos a demof-
naõ diftingue; da íua effentraçam dos affeclos.
cia ) he íempre hum fó, ôc o 34$ Vindo pois aos efmefmo,
infinito, fimplicifli- feitos, ôc demoftraçoens de
mo ,ôc-immutavel ? Erefpô- hum, ôc outro amor no dia
dem, que a differença, ou de hoje , ôc no dia da Encar­
.defigualdade naõ eftá no a- nação } parece que aífim no
.mor, fenaõ nos effeitos; por­ numero, como no modo , os
que a huns fugeitos faz Deos efteve medindo , ôc propor*
mayores bens que a outros. cionando o mefmo amor, q
Os homens amamos os ob- nelles fe quiz igualar, ôc vêjeclos
pelo bem que tem} cer. O Concilio Niffeno no
Deos amaos pelo bem que Símbolo da Fé , ponderando
lhe faz. E aflim como jul- o amor de Chrifto na Encar-
gamos a mayoria do amor naçaõ, reduz os effeitos del­
de Deos pelos effeitos, aflim le a dous extremos: defcer
havemos de julgar também do Ceo , ôc fazerfe homem :
a do amor de Chrifto. Efte Qut porpter nos homines, (fy
he o fundamento folido, ôc propter no firam falutem def»
certo, fobre que excitamos a cendit de ceelis. Et tncarnatus
noffa queft.ão.: ôc eftes o» ter­ eft ex Maria virgine, (fy homo
mos de igual certeza , com faãus eft. Ifto diz o Eípiri-
que a havemos de reíolver. to Santo no Concilio, fallan-
Nem daqui deve inferir, ou do do dia da Encarnação. E
cuidar a rudeza do noífo en- fallando do dia de hoje , que
rendimento, que íeria me» he o que diz, ôc pondera o
mef-