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io2 Serntam da
Chrifto. E que lhe diffe o mais, quanto mais amareni.
joann. Senhor ? Quinque viros ha* Ouvi humas palavras, que
4* ^-buiftil (fy hunc quem babes, tendes o»vido muitas vezes,
non eft tuus vir. Além do mas com huma concideraamigo,
que agora tens, jà ti- çaõ, em que nunca reparafvefte
outros cinco. Pois cin- tes. Fortis eft ut mors dile» Camf
co amigos, huns depois dos ãio, dura ficut infernus amu- & 6.
outros, huma fó mulher, ôc latio. O amor hc forte como
naõ de muita idade? Ahi a mort?,ôc o ciúme cruel covereis
a inconftancia doa- mo o inferno. Affim o demor
humano. Mas reparay clara o texto original Heno
que por ventura naõ ad- bréo , o Grego , o Syro, ôc o
vertis. Ou a Samaritana dei- Arábico : Crndelis ficut infer»
xou aos cinco, ou os cinco a nus ^elotipia, Todos fabeis ,
deixarão a ella: Se elles a que à morte, a qual hetrandeixáraõ
a ella, fiayvoslá de fito, Ôc paffagem , fe íeguem
amor de homens? Efeella os outros dous termos, de que
deixou a elles, quem íe fiará fe naõ paffa , ou Inferno, ou
de amor de mulher ? Paraifo. Pois fe o amor he
104 Bem digo eu logo, como a morte: Fortis eft ut
que ifto , que no mundo fe mors dileãio: porque fe naõ
chama amor, he huma cou- fegue também depois do afa,
que naõ ha , nem he. He mor,ou Paraifo, ou Inferno,
chimera, he mentira, he en- fenaõ Inferno fomente: Du*
gano, he huma doença da ra ficut infernus amulatio ?
imaginação, ôc por iffo bafta Porque o amor defta vida, ôt
para íer tormento. Pôde ha- defte mundo he hüa morte ,
ver mayor tormento, que a- que íó tem preceitos, ôc naõ
mar, quando menos em per- tem predeftinados: he huma
petua duvida, amar em per- morte, pela qual fempre fe
petua fufpeita de fer, ou naõ vay ao inferno, ôc nunca ao •
fer amado? Pois efte hc o in- Paraifo. Ô Paraifo do amor
ferno fem redempção, a que ( fe o ©uvera) havia de fer
fe condenaõ todos os que a- amar, ôc fer amado, ôc ama»
maõ humanamente, ôc tanto do com certeza de nunca fer
abor-