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2ç 2 Sermaõ de
Ta, para quefaibamos oque Que as virgens prudétes çcV-
havemos de emédar em nòs: paradas com Sajnta Therefa,
ôc devefe pregar cõ os olhos
no Evangelho , para que o
Evangelho , como luz do
Ceo na terra, nos encaminhe
ao que havemos de emendar
na terra , ôc ao que havemos
de imitar no Ceo. O que hoje
nos põem diante dos olhos
o Evangelho , faõ dez Vir­
gens , finco nefcias, ôc finco
foraõ nefcias: Quinque ex eis
erant fatua '. ôc que as Virgens
nefcias comparadas cõ
nofco, foraõ prudentes: Et
quinque prudentes,
§. III.
2?* A primeira coufa,
em que as Virgens prudentes
prudentes : ôc iftohe oque comparadas com Santa The.
dizem as palavras, que pro- refa foraõ nefcias, hc, que as
puz : Quinque autem. ex eis Virgêsprudentes dormirão,
erant fatua, (j quinque pm» quando tinhaõ obrigação de
dentes. Mas quando olho vigiar : ôc Santa Therefa vi-
(coufa notável!) quando olho
para as Virgens prudentes
com os olhos no Ceo , ôc
quando olho para as nefcias
com os olhos na terra, vejoas
com os appellidos trocados.
As prudentes viftas com os
olhos no Ceo , parecemme
nefcias : ôc as nefcias viftas
com os olhos na terra , pare»
cemme prudentes. Ifto he
o que fe me aífigura hoje, ôc
efta fera a matéria do Sermaõ
: que as prudentes viftas
com os olhos no Ceo, foraõ
nefcias: ôc que as nefcias vi­
ftas com os olhos na terra fo»
giou quando tinha fegurança
para dormir. A obrigação
que todas as Virgens tinhaõ
de vigiar , declarou
Chrifto no fim do Evangelho
, quando diffe: Vigüate,.^At{
quia nefeitis diem , neque ^-2j 15.
ram: Vigiay , porque nam
fabeis o dia, nem a hora. Mas
poderá alguém replicar , ôc
naõ íem fundamento, q eftas
Virgens , ainda que naõ fabiaõ
a hora, ao menos fabiaõ
o dia , porque foraõ convidadas
para o dia das vodas.
Com tudo he certo, que naõ
fabiaõ, nem o dia, nem a ho-
raõ prudentes. Mais claro.* ra; naõ fabiaõ a hora em que
ha-