Baixar - Brasiliana USP

3 6 & . Sermaõ figündo do
bora minha competidora. E havia de julgar Salamaõ) que
qual deftas duas era a verda- muito he hc oue que a mim mo pa»
deira máy ? A que diffe , viva reça ?
o minino* Aflim o julgou 390 Sedulio Padre an-s^M
Salamaõ, ôc affim era: por­ tigo, ôc Poeta illuitre da Ley
que a que diffe, morra , mo­ da Graça, conta hum caio
ftrou que naõ amava } a que admirável. Foy à caça hum
diffe, viva, provou q amava, famofo Virador da Theffal-
ôc da que amava o minino, iia,Ôc deixou hum Filho pe­
defta era filho. Voltemos queno ao pè de huma arvo­
agora o |>affo,ôc venha a juire , em quanto fe meteo pezo
oamor do Eterno Paute. las brenhas. Quando tornou
No dia da Encarnçaõ efta* vio que eftava enroícada huva
o homem morto , ôc o feu ma íerpente no minino. E q
Filho vivo: ôt o Eterno Pa- confeiho tomaria o pay em
dre que diffe ? Diffe, morra hum cafo tam perigofo? Se
o Filho , para que viva o ho» atirava à íerpente, arrifcavamem.
Morra o Filho, ôc vi- íea matar o filho: felhe naõ
va o homem ? Logo do ho­ atirava , mordia a íerpente o
mem he Pay, ôc do Filho minino, ôc marava-o. A re­
naõ. Alli eftà o amor , ôc íoluçaõ foy, que embebeo
naõ aqui. A máy do vivo huma íetta no arco, ôc médio
amava-o tanto, que o quiz a corda com tanta certeza, ôc
vivo,ainda que ficaffe alheio; pezou o impulfo com tanta
a mãy do morto amava-o taõ igualdade, que matando a
pouco, que antes queria o íerpente , naõ tocou no mini
vivo alheio , que o morto no. Pafma Sedulio da feli-"
feu. E o Eterno Padre, fen­ cidade do tiro, ôc diz aífim:
do Pay do vivo , amou tanto Ars fuit effe patrem. fíam
o morto , que quiz que mor» cuide ninguém que foy ifto
reffe o vivo,para qüe o mor­ deftreza da arte,foy fer pây.to
viveffe. Vede, fe amava Aquella íerpente do Pàraiíb
luais ao homem q ao Filho , enrofcoufe em Adam , Ôc en-
Ôc fe do homem parecia Payj rofcoufe em Chrifto : Em
& do Filho naõ. Se affim o Adam, porque-foy oauthòr
,. " dê