Isaac Kerstenetzky - Biblioteca - IBGE
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Palestra do presidente do <strong>IBGE</strong> na<br />
abertura do II Seminário de Pesquisa e<br />
Análise de Conjuntura<br />
No dia 17 de junho último, na cidade de São Paulo, por ocasião da abertura<br />
do II Seminário de Pesquisa e Análise de Conjuntura, realizado no auditório<br />
Brasílio Machado Ne o, da Federação de Comércio daquele Estado, presentes<br />
os Secretários do Planejamento dos Estados de São Paulo, Santa Catarina,<br />
Paraíba, Ceará e Pernambuco, o Professor <strong>Isaac</strong> <strong>Kerstenetzky</strong>, Presidente do<br />
<strong>IBGE</strong>, pronunciou a palestra que transcrevemos:<br />
“É uma honra para mim comparecer a este Seminário, no sentido que<br />
isto permite à nossa entidade uma comunicação sobre alguns aspectos, algumas<br />
dimensões - os rumos - do sistema estatístico-geográfi co brasileiro. Tentarei<br />
dar uma visão de qual é a fi losofi a desse sistema e quais os seus rumos,<br />
no sentido de expansão e modernização.<br />
O primeiro aspecto a ser focalizado, é o de que, pelo próprio custo que<br />
envolve um sistema estatístico, as estatísticas não devam ser evidentemente,<br />
produzidas no vazio.<br />
Assim elas devem, essencialmente, atender à necessidade de informação<br />
do Governo, para a tomada de decisão na área econômica e social, além<br />
de permitir, às empresas privadas, uma diminuição da incerteza em relação<br />
ao futuro. Nesse sentido, pode-se considerar o sistema estatístico como uma<br />
pesquisa de mercado em grande escala, desenvolvida de modo contínuo.<br />
Também é importante focalizar que o sistema estatístico deve funcionar<br />
visando uma quantifi cação sem arrogância. Com isso quero dizer que, para<br />
que sejam tomadas decisões adequadas, tanto do ponto de vista do Governo,<br />
como do ponto de vista do setor privado, é evidente que as informações, dados<br />
quantifi cados, que se somam são sufi cientes.<br />
Existe uma boa dose de intuição, experiência e teoria em todas as dimensões<br />
do sistema, que, por sua vez, contém um forte conteúdo de teoria _<br />
se não de modo ostensivo, pelo menos implícito. E, na realidade, em muitas<br />
áreas de maior difi culdade de desenvolvimento do sistema, o problema não é<br />
tanto da disponibilidade de recursos materiais mas de, freqüentemente, o de<br />
própria insufi ciência da orientação e da teoria. Um caso típico e de certa forma<br />
KERSTENETZKY, <strong>Isaac</strong>. Palestra do presidente do <strong>IBGE</strong> na abertura do II Seminário de Pesquisa e Análise de<br />
Conjuntura. Revista Brasileira de Estatística, Rio de Janeiro: <strong>IBGE</strong>, v. 34, n. 135, p. 465-471, jul./set. 1973. Noticiário.