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Isaac Kerstenetzky - Biblioteca - IBGE

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18 <strong>Isaac</strong> <strong>Kerstenetzky</strong>: legado e perfi l<br />

Estamos convencidos, também, do interesse, do desejo e das esperanças que Sua<br />

Excelência o Senhor Presidente Emílio Garrastazu Médica deposita no <strong>IBGE</strong> para o<br />

cumprimento de seus altos encargos.<br />

Por tudo isso, assumimos esta honrosa função com entusiasmo e com otimismo.<br />

Nela esperamos continuar servindo ao nosso país, sem decepcionarmos aqueles que<br />

nos distinguiram com esta convocação”.<br />

Discurso pronunciado pelo Prof. Sebastião Aguiar Ayres no ato de transmissão do cargo<br />

de Presidente da Fundação <strong>IBGE</strong>:<br />

“Ao transmitir a superior Direção da Fundação <strong>IBGE</strong> ao Professor <strong>Isaac</strong> <strong>Kerstenetzky</strong>,<br />

desejo inicialmente consignar a satisfação de ter como sucessor na Presidência<br />

desta Casa uma fi gura a ela tão vinculada pelos assinalados serviços prestados à Estatística<br />

brasileira. A começar por sua destacada atuação como membro do Grupo de Trabalho<br />

instituído em 1966, por Decreto do Governo Federal, para estudar a formulação<br />

do Plano Nacional de Estatística e propor as medidas de caráter executivo ou legislativo<br />

destinadas a permitir sua realização em caráter sistemático.<br />

Tendo participado também disse Grupo de Trabalho, foi-me então bastante grato<br />

verifi car seu conhecimento dos problemas ligados ao funcionamento dos serviços estatísticos<br />

nacionais e sua elevada qualifi cação intelectual.<br />

Membro da Comissão Nacional de Planejamento e Normas Estatísticas, colegiado<br />

ao qual cabe a orientação técnica das atividades do Instituto Brasileiro de Estatística,<br />

membro também da Comissão Censitária Nacional, responsável pela orientação<br />

do plano do Recenseamento e pela assistência técnica de sua execução, acha-se <strong>Isaac</strong><br />

<strong>Kerstenetzky</strong> identifi cada; com a vida e as atividades do órgão cuja superior Direção<br />

acaba de ser-lhe confi ada, circunstância feliz que me faz seguro - a mim como também<br />

a toda a comunidade ibgeana - de que os esfôrços nos últimos anos desenvolvidos nesta<br />

Casa em favor do aprimoramento incessante dos serviços estatísticos, geográfi cos e<br />

cartográfi cos do País, não terão solução de continuidade.<br />

Devo agora referir que, ao assumir a Secretaria-Geral do CNE em outubro de 1964,<br />

em atenção a convite formulado pelo então Presidente da entidade, General Aguinaldo<br />

José Senna Campos, afi rmei, na oração pronunciada no ato de posse, que os problemas<br />

com que se defrontava a Estatística Nacional não resultavam de causa única. Diversos<br />

eram os fatores limitativos que tinham contribuído para agravá-los. Disse também que<br />

era tarefa árdua atacar essas causas em suas origens e eliminar seus efeitos negativos,<br />

o que exigia a mobilização de todos quantos, em maior ou menor grau, participavam<br />

da execução das atividades estatísticas do País. Contava, portanto, com a cooperação<br />

integral de todos os antigos companheiros, que haviam ajudado a construir o <strong>IBGE</strong>, e<br />

esperava merecer igualmente o apoio dos mais jovens, os quais, unidos aos primeiros,<br />

tinham sabido, mesmo nas horas cruciais da vida desta Casa, pugnar pela sobrevivência<br />

dos seus princípios basilares.<br />

Ao pedir essa colaboração, assumia o compromisso de dedicar o melhor dos meus<br />

esfôrços e de minha capacidade à defesa dos altos interesses de nossa entidade e do seu<br />

funcionalismo, ao aprimoramento dos métodos de trabalho, ao enriquecimento do já admirável<br />

patrimônio que o nosso Instituto acumulara, à luta em favor dos ideais que o fundador<br />

desta Casa, Mário Augusto Teixeira de Freitas, pregou e viveu. Acentuei que a fi delidade<br />

a esses ideais signifi cava lutar incansavelmente pelo aperfeiçoamento continuo de<br />

nossos trabalhos, vencendo a tendência estagnadora da rotina e substituindo as técnicas<br />

e os métodos ultrapassados, a fi m de poder oferecer ao País as estatísticas que lhe reclamava<br />

para o planejamento do seu desenvolvimento econômico e social, para a segurança<br />

nacional e para a programação das atividades do poder público e do setor privado.<br />

E essa foi a fi rme diretriz que norteou todo o labor desenvolvido desde então.<br />

Integrante das primeiras equipes que ajudaram a fazer do <strong>IBGE</strong>, sob a direção e<br />

o exemplo apostolar de Teixeira de Freitas, a prestigiosa e respeitada entidade em que<br />

veio a constituir-se, no complexo administrativo do País, não poupei esfôrços para dar<br />

à ingente tarefa que tive de enfrentar o melhor das minhas energias.

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