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Isaac Kerstenetzky - Biblioteca - IBGE

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Estatísticas para o planejamento<br />

<strong>Isaac</strong> <strong>Kerstenetzky</strong><br />

Presidente da Fundação <strong>IBGE</strong><br />

No planejamento do desenvolvimento nacional, o volume de pesquisas<br />

a serem desenvolvidas para atender às necessidades de cada plano expandese<br />

de modo contínuo. Algumas das investigações mais importantes relacionam-se<br />

como, por exemplo, estudos demográfi cos, estudos da estrutura de<br />

gastos de diferentes segmentos da população, estudo da estrutura das importações,<br />

modelos econométricos globais ou parciais etc. Muitas vêzes os mais<br />

desassisados imaginam que o cientista social tem à sua disposição um modêl<br />

econométrico mágico, que com a ajuda de enormes computadores, é capaz de<br />

encontrar as melhores soluções para os problemas que afl igem o país.<br />

Certamente isto é uma ilusão. Na realidade temos muito pouco de experiências<br />

históricas, sôbre as quais podemos estudar as soluções aplicadas e<br />

a teoria econômica, por si só, como é aprendida nos livros e nas universidades<br />

é incapaz de resolver as questões propostas. Não há como fugir aos estudos<br />

prévios nacionais e regionais, realizados de forma metódica e sistemática para<br />

que a realidade e a dinâmica dos fatos sociais sejam percebidas em tôda sua<br />

totalidade, inter-relacionamento e profundidade.<br />

Com esta perspectiva é que foi instituído o sistema estatístico nacional<br />

e o Plano Nacional de Estatísticas Básicas.<br />

Quando examinamos o Brasil do pós-guerra podemos notar que os sucessivos<br />

Governos se empenharam em realização de planos, nos quais sem<br />

pretensão de uma apreciação minuciosa de cada um podemos pressentir quase<br />

sempre a insufi ciência dos dados estatísticos sobre os quais se apoiaram.<br />

No limiar da década de 70, é importante que o povo brasileiro esteja<br />

consciente de que não apenas o Governo precisa de dados estatísticos para<br />

normalizar e organizar suas atividades, mas, também, o setor privado e as instituições<br />

de ensino e pesquisa em todo o país. Já atingimos, em algumas áreas<br />

e setores da economia, uma estrutura bastante complexa e diversifi cada, com<br />

empresários sufi cientemente dinâmicos, que com maior ou menor intensidade<br />

já utilizam dados estatísticos para o planejamento de suas atividades.<br />

KERSTENETZKY, <strong>Isaac</strong>. Estatística para o planejamento. Revista Brasileira de Estatística, Rio de Janeiro: <strong>IBGE</strong>,<br />

v. 31, n. 123, p. 274-275, jul./set. 1970. Transcrito do Jornal do Brasil, de 30 de agosto de 1970.

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