Isaac Kerstenetzky - Biblioteca - IBGE
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26 <strong>Isaac</strong> <strong>Kerstenetzky</strong>: legado e perfi l<br />
da CONPLANE - Comissão Nacional de Planejamento e Normas Estatísticas, colegiado<br />
que orienta as atividades técnicas do sistema estatístico nacional. Outros representantes da<br />
Escola integram Comissöes de Coordenação e orientação técnica das atividades de diversos<br />
setores incumbidos da produção de estatísticas, como o Grupo Executivo de Pesquisas Domiciliares<br />
(GEPD), o Centro Brasileiro de Estudos Demográfi cos, o Centro Brasileiro de Estatísticas<br />
Agropecuárias (CBEA), o Centro de Processamento de Dados (CENPRO), o Centro<br />
Brasileiro de Estatísticas Educacionais (CBESE), a Comissão Censitária Nacional.<br />
Essa integração objetiva também o melhor aproveitamento do corpo discente da<br />
ENCE. De 1967 até agora, 75 alunos da Escola participaram ou participam de trabalhos<br />
do IBE, como estagiários. Neste momento, 40 elementos do corpo discente da ENCE<br />
cooperam efetivamente na execução de tarefas de responsabilidade dos diversos setores<br />
técnicos do IBE. Nove estatísticos diplomados pela ENCE foram contratados para<br />
os diversos setores técnicos do IBE. Com bôlsas de estudo obtidas através de gestões<br />
encaminhadas pela Fundação <strong>IBGE</strong>, elementos recém-formados pela ENCE realizaram<br />
cursos de aperfeiçoamento no “Bureau of the Census”, nos Estados Unidos. De outra<br />
parte, registra-se a efetiva colaboração que a ENCE vem prestando ao sistema estatístico,<br />
mediante a intensifi cação de cursos de aperfeiçoamento destinados ao seu pessoal.<br />
Com vistas ao aperfeiçoamento do pessoal dos Estados, deu-se início, através de cursos<br />
já realizados em Belém e no Recife, a uma iniciativa que muito benefi ciará o pessoal do<br />
sistema estatístico vinculado aos órgãos regionais.<br />
A Direção superior da Fundação <strong>IBGE</strong> vê na ENCE a fonte, o viveiro dos grandes<br />
especialistas futuros, daqueles que em breve irão participar das árduas tarefas destinadas<br />
a oferecer ao País elementos básicos para o planejamento adequado de seu desenvolvimento<br />
econômico e social, de sua prosperidade e de sua segurança.<br />
Não posso deixar de referir-me ao êxito alcançado pela I Conferência Nacional de<br />
Estatística, realizada no período de 29 de maio, a 4 de junho e 1968, no Rio de Janeiro.<br />
Acontecimento da maior signifi cação, como expressivo marco do esfôrço pelo desenvolvimento<br />
e aperfeiçoamento dos serviços estatísticos no País, a I CONFEST reuniu<br />
representantes dos Ministérios, dos Governos Estaduais, de outras entidades públicas<br />
e de organizações do setor privado, bem como técnicos e especialistas na matéria, com<br />
o objetivo de debater problemas comuns e equacionar, a respeito, soluções adequadas<br />
às possibilidades e necessidades nacionais, sob a égide da Fundação <strong>IBGE</strong>. Nesse importante<br />
encontro de âmbito nacional, que alcançou expressivos resultados e grande repercussão,<br />
foram examinados os problemas fundamentais da Estatística brasileira, daí<br />
resultando 16 Recomendações que constituem valioso subsídio para o aperfeiçoamento<br />
das atividades estatísticas em nosso País.<br />
Cumpre-me, agora, registrar uma ocorrência que se reveste da maior importância<br />
pelo signifi cado que têm para o desenvolvimento futuro da Estatística nacional. Refi<br />
ro-me à aprovação, pelo Decreto nº 60.010, de 18 de julho de 1968, do Plano Nacional<br />
de Estatísticas Básicas.<br />
Elaborado pelos setores técnicos do IBE, êsse Plano constituiu um dos principais<br />
temas objeto das discussões da I Confest. Mais tarde, foi submetido à Comissão Nacional<br />
de Planejamento e Normas Estatísticas, onde recebeu o ajustamento fi nal, com<br />
vistas a atender às necessidades nacionais de informações estatísticas. Apresentado à<br />
homologação do Govêrno, dêle mereceu aprovação pelo Decreto referido.<br />
O PNEB, cuja instituição surgiu com a própria exigência de reformulação, do<br />
Sistema Estatístico Nacional, representa o conjunto de informações consideradas essenciais<br />
ao conhecimento da realidade econômica, social e cultural do País.<br />
Promover sua execução e supervisioná-lo convenientemente são os objetivos básicos<br />
da ala estatística da Fundação, que, nesse sentido, vem desenvolvendo esfôrços já<br />
coroados de êxitos signifi cativos.<br />
Fêz-se sentir com a mesma intensidade no setor geográfi co-cartográfi co da entidade<br />
o empenho de expansão, aperfeiçoamento e modernização de métodos e processos<br />
de trabalho que vem, caracterizando a atividade da Fundação <strong>IBGE</strong>.<br />
No domínio específi co dos estudos geográfi cos, merece particular relêvo o lançamento<br />
das bases para a reformulação da Divisão Regional do Brasil. A êsse respeito,