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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Sistemas SET

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mistas. Entre esses parâmetros, estão o efeito da interação parcial aço-concreto, a<br />

obtenção da largura efetiva da laje e o efeito da fluência e da retração do concreto.<br />

O dimensionamento de vigas mistas submetidas a momentos positivos é<br />

tratado por todas as normas. De maneira geral, essas normas apresentam<br />

procedimentos de cálculo e hipóteses comuns entre si. Entre esses aspectos comuns,<br />

cita-se a distribuição de tensões a ser admitida na determinação da resistência ao<br />

momento fletor, em função da relação largura/espessura da alma do perfil de aço:<br />

admite-se a plastificação total para almas “compactas”, ao passo que se admite a<br />

distribuição elástica de tensões para almas “esbeltas”. Outro aspecto é o efeito da<br />

interação parcial sobre os deslocamentos verticais: devido ao escorregamento<br />

relativo ao nível da conexão aço-concreto, esses deslocamentos sofrem um<br />

acréscimo, o qual é considerado pelas normas mediante uma redução no momento de<br />

inércia da seção homogeneizada. Observa-se também que as normas recomendam<br />

um valor mínimo para o grau de conexão no caso de interação parcial, variando entre<br />

0,45 e 0,6 para vãos usuais de edifícios (7 à 12 m). O dimensionamento depende<br />

também do processo construtivo empregado, devendo-se fazer verificações<br />

adicionais das tensões atuantes e dos deslocamentos na viga de aço isolada, no caso<br />

de construção não escorada.<br />

Com relação às vigas mistas simplesmente apoiadas ainda, podem ser feitas<br />

algumas observações. Uma delas está relacionada com o tipo de interação. A<br />

diferença entre os momentos resistentes obtidos da interação completa e da interação<br />

parcial é relativamente pequena. Em se tratando de deslocamentos, a diferença<br />

também não é muito significativa entre os dois casos de interação: verifica-se um<br />

acréscimo de 15 à 25% devido ao efeito de interação parcial. A interação momentocortante,<br />

cuja verificação é recomendada pelo EUROCO<strong>DE</strong> 4 (1992), não é crítica<br />

em vigas simplesmente apoiadas, sendo, porém, mais crítica em vigas contínuas, pois<br />

nos apoios internos, os esforços cortantes são maiores e a resistência ao momento<br />

fletor, menor.<br />

Com relação às vigas mistas contínuas, existem fatores adicionais a serem<br />

analisados quando comparados às vigas simplesmente apoiadas, devido à fissuração<br />

do concreto e a instabilidade da viga de aço em regiões de momentos negativos. A<br />

NBR 8800 (1986) não aborda o caso de vigas mistas contínuas, devendo-se

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