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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Sistemas SET

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que interferem na capacidade resistente e como esta interferência ocorre. Estes<br />

trabalhos, de maneira geral, buscam confrontar estudos teóricos e experimentais,<br />

questionando também a formulação adotada pelas normas que abordam o<br />

dimensionamento de pilares mistos. Alguns pontos, entretanto, necessitam ser<br />

melhor estudados, entre eles, avaliar quantitativamente o efeito do confinamento do<br />

concreto na capacidade do pilar preenchido. Outro ponto a ser estudado e que<br />

envolve os pilares mistos são os dispositivos de ligação entre estes e as vigas, pois há<br />

um escasso conhecimento sobre o assunto.<br />

Os dois principais tipos de pilares mistos oferecem vantagens: no pilar<br />

revestido, além da proteção ao fogo e do aumento da resistência do pilar, a presença<br />

do concreto como revestimento impede a flambagem local dos elementos que<br />

compõem o perfil de aço. No pilar preenchido, a principal vantagem é a possibilidade<br />

de dispensar fôrmas e armadura, além da consideração benéfica do efeito de<br />

confinamento do concreto em pilares preenchidos circulares.<br />

As principais normas apresentam filosofias diferentes quanto ao<br />

dimensionamento dos pilares mistos. Algumas normas os consideram como pilares<br />

de aço com maior capacidade estrutural, devido à presença do concreto; outras os<br />

consideram como pilares de concreto armado com armadura especial, devido à<br />

presença do perfil de aço. A norma brasileira NBR 8800 (1986) não aborda os pilares<br />

mistos. No entanto, a NBR 14323 (1999) trata do dimensionamento dos pilares<br />

mistos tanto em temperatura ambiente quanto em situação de incêndio.<br />

Com relação ao comportamento estrutural em situação de incêndio, pode-se<br />

afirmar que o principal efeito das temperaturas elevadas sobre o aço e o concreto é a<br />

alteração das propriedades mecânicas desses materiais, reduzindo suas resistências.<br />

A principal característica do incêndio, em termos de análise estrutural, é a curva que<br />

fornece a temperatura dos gases quentes no compartimento em chamas, em função<br />

do tempo de duração do incêndio, denominada curva tempo-temperatura. A partir<br />

dessa curva, é possível determinar a máxima temperatura atingida pelo elemento<br />

estrutural e, consequentemente, obter sua resistência ao incêndio. Devido à<br />

dificuldade de se estabelecer a curva tempo-temperatura de uma situação real de<br />

incêndio, as principais normas que abordam o assunto adotam curvas padronizadas,<br />

denominadas curvas de incêndio padrão. Estas, apesar de conduzirem a um

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